Próximos dados vão determinar alta de juros nos EUA, diz dirigente do Fed

O presidente da distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) em Atlanta, Raphael Bostic, disse nesta sexta-feira (26) que os dados econômicos das duas próximas semanas determinarão a próxima alta de juros nos EUA na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) em 21 de setembro.

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Em entrevista à Bloomberg TV durante o simpósio de Jackson Hole, realizado em Wyoming até sábado (27), Bostic disse que se inclinará para uma alta de 0,75 ponto percentual no próximo mês se os dados vierem fortes.

Citando números do PCE (índice de preços de gastos com consumo, na sigla em inglês), que hoje mostraram desaceleração da inflação nos EUA, Bostic acrescentou que apoiará um aumento de 0,5 p.p. se os dados vierem fracos. O PCE desacelerou em julho, na comparação com junho, quando subiu 0,6% na base mensal e 4,8% na anual. No mês, subiu 0,1% na comparação mensal e 4,6% na anual.

Como afirmou mais cedo à CNBC, Bostic repetiu esperar ver que os juros subam mais 100 a 125 pontos-base. Atualmente, os juros básicos dos EUA estão no intervalo de 2,25% e 2,50%.

Bostic disse também esperar que o Fed chegue ao fim do ciclo de aperto monetário “antes cedo do que tarde” e previu que as taxas permanecerão em nível elevado por “um longo tempo”. Ele, que não é membro votante do Fed este ano, disse ainda acreditar haver chances que a taxa de inflação nos EUA volte a se acelerar, apesar dos recentes sinais de arrefecimento.

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Dirigente do Fed reitera desejo de que juro termine 2022 entre 3,75% e 4% nos EUA

Presidente da distrital de St. Louis do Federal Reserve, James Bullard defendeu que o ritmo do aperto monetário nos EUA é importante e seria prudente antecipar os aumentos de juros para elevar a taxa básica a um patamar “defensável”. O dirigente reiterou que gostaria de ver os Fed funds na faixa entre 3,75% a 4% no fim de 2022. Atualmente, o juro básico norte-americano está entre 2,25% e 2,50%.

Conhecido por ser um dos membros de orientação mais hawkish do Fed, Bullard argumentou que o juros devem subir para que a política monetária acompanhe efetivamente a moderação recente da inflação nos EUA, em parte provocada pela precificação do mercado em face das ações do BC.

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“Já vemos algum efeito das altas de juros”, disse o dirigente, que tem direito a voto nas reuniões do FOMC neste ano.

Bullard ainda comentou que a redução do balanço de ativos do Fed atualmente em curso vai complementar o aumento dos juros nos EUA em prol do controle da inflação. Segundo ele, a ação deve pressionar os juros de prazo mais longo no país.

Com Estadão Conteúdo

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Beatriz Boyadjian

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