CVC (CVCB3) compra restante da VHC e traz ex-CFO do Nubank

A CVC (CVCB3) comprou a participação remanescente da VHC, empresa especializada em aluguel de curto prazo de administração de propriedades para temporada. Agora, a participação da CVC na companhia passa de 69% para 100%. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (16).

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A VHC é controlada pelo Grupo Trend, que por sua vez foi adquirido pela CVC em 2017. Ela opera com serviços de hospitalidade com alto padrão, baseados no uso intensivo de tecnologia. Estima-se que este mercado gire em torno de US$ 100 bilhões por ano.

“A VHC é uma das principais iniciativas estratégicas da CVC, sendo que a aquisição de todo seu capital possibilitará a expansão acelerada do negócio”, disse a empresa de turismo. Ao longo do ano passado, a empresa apresentou um crescimento superior a 50% nos destinos oferecidos. São eles:

  • Brasil;
  • Estados Unidos;
  • República Dominicana.

Os destinos são ofertados em mais de 100 canais de distribuição, como as mais de 1.100 lojas da CVC. A ideia é buscar alcançar 8 mil propriedades administradas até 2026.

Com o negócio, o CEO da VHC, Fabio Cardoso, passará a ser o COO (Chief Operating Officer) da companhia. O presidente será Maurício Teles Montilha, atual diretor de finanças e Relações com Investidores da CVC.

Para o lugar dele, o Conselho de Administração da CVC elegeu Marcelo Kopel. Entre 2020 e 2021, ele foi diretor financeiro do Nubank, já tendo passado por Bank of America, Citibank e Redecard.

“Maurício foi fundamental no processo de reavaliação e reconstrução da estrutura financeira da CVC, tendo sido determinante no suporte à companhia transpor as dificuldades produzidas pela pandemia da Covid-19”, comentou a empresa.

Ambos os executivos se reportarão ao CEO da CVC, Leonel Andrade.

Retomada faz prejuízo da CVC diminuir

Com o avanço da vacinação, medidas de flexibilização de mobilidade social e a retomada gradual das atividades, a CVC reduziu o prejuízo líquido em 30,4% no segundo trimestre deste ano. O balanço da empresa foi divulgado na última sexta-feira (13).

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O prejuízo saiu de R$ 252,12 milhões, apurado entre abril e junho de 2020, no início da pandemia, para R$ 175,57 milhões, registrado no mesmo período deste ano.

Em comentários da administração que acompanham o informe de resultados, a empresa atribui o desempenho do período aos efeitos produzidos pela pandemia da Covid-19 em suas operações, especialmente no Brasil.

A receita líquida ficou em R$ 115,6 milhões, ante R$ 3 milhões informado um ano antes. O avanço se deve à retomada das atividades, afirma a companhia, mesmo com a segunda onda do coronavírus tendo impactado o período.

Em agosto, as ações da CVC recuam quase 14%. Os papéis encerraram o último pregão negociados a R$ 18,81. A empresa vale R$ 3,78 bilhões na B3.

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Jader Lazarini

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