Credit Suisse (C1SU34) perde US$ 88 bilhões em saques e projeta quinto prejuízo consecutivo

Somente nas primeiras semanas deste trimestre o Credit Suisse (C1SU34) sofreu saques equivalentes a US$ 88,3 bilhões (ou 84 bilhões de francos suíços).

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A informação veio junto com um comunicado nesta quarta-feira (23) em que o Credit Suisse alerta que deve ter seu quinto prejuízo trimestral consecutivo. A expectativa é de que o banco tenha US$ 1,58 bilhão de prejuízo no acumulado, descontados os impostos.

Com a perda dos saques no Credit Suisse, o banco perdeu 6% dos seus ativos totais, que somam cerca de US$ 1,5 trilhão.

Somente a área de gestão patrimonial do banco teve saques na casa dos US$ 67 bilhões.

Em conjunto, o banco projeta uma perda de cerca de 75 milhões de francos suíços com a venda de sua participação no Allfunds Group, empresa listada em Amsterdã.

“Na área de wealth management, essas saídas diminuíram substancialmente em relação aos elevados níveis das duas primeiras semanas de outubro de 2022, embora ainda não tenham sido revertidas”, disse o banco, em comunicado.

Nesse contexto, as ações do Credit Suisse caem cerca de 3% no premarket americano, ante uma queda de 5% mais cedo. Com problemas que já vem de meses atrás, o banco soma uma desvalorização de 58% nas suas ações em 2022.

Com a crise do Credit Suisse, a administração está pedindo autorização dos acionistas para levantar caixa vendendo US$ 4 bilhões em ações.

Além disso, a casa pretende separar a maior parte da ala de banco de investimento em uma unidade separada, exclusivamente sob o nome First Boston.

As decisões devem integrar uma Assembleia Geral Extraordinária que também decidirá outras questões estratégicas para a companhia – que independentemente do resultado, já sofre com quatro trimestres seguidos de prejuízo.

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Entenda a Crise do Credit Suisse

Conforme reportado pelo Suno Notícias, o banco caiu na desconfiança dos investidores e aumentou as preocupações do mercado já há algumas semanas.

A principal preocupação foi uma crise de liquidez após o CEO alegar que a empresa estava ‘em um momento crítico’.

No último trimestre o banco teve prejuízo líquido de 4,03 bilhões, revertendo lucro de 434 milhões de francos suíços em igual período de 2021 A perda foi maior que o consenso de mercado, que mirava um prejuízo próximo dos 400 milhões.

A crise foi tamanha que investidores questionaram se o banco não seria vendido. O presidente do Conselho, Axel Lehman, negou a possibilidade.

“Vamos prosperar de novo, então não há discussão de aquisição. Queremos continuar independentes”, disse o executivo do Credit Suisse em entrevista à Bloomberg Television.

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Eduardo Vargas

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