Ações da CPFL Renováveis caem 4,30% sem avanço de receita em 2018

As ações ordinárias da CPFL Renováveis (CPRE3) caíram 4,30% nesta quarta-feira (27). A baixa ocorreu após a divulgação de balanço da empresa, que não apresentou crescimento nas receitas.

A queda ocorre apesar do lucro líquido 504,7% maior em 2018, de R$ 118,806 milhões, ante os R$ 19,646 milhões de 2017, da CPFL Renováveis.

O lucro líquido da CPFL Renováveis foi de R$ 106,821 milhões no quarto trimestre de 2018. Alta de 108,5% sobre 2017, quando o lucro foi de R$ 51,243 milhões.

A receita líquida da companhia foi de R$ 516,083 milhões entre outubro e dezembro do ano passado. Valor abaixo dos R$ 591,165 milhões de igual período do ano anterior. A queda foi de 12,7%.

No acumulado de 2018, a receita líquida foi de R$ 1,936 bilhão. Número similar ao R$ 1,959 bilhão de 2017. Houve baixa de 1,2%.

O Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization (Ebitda) da CPFL Renováveis também caiu, ficando em:

  • quarto trimestre de 2018: R$ 298,426 milhões, ao passo que no quarto trimestre de 2017 foi de R$ 354,352 milhões. O decréscimo foi de 15,8%.
  • 2018: R$ 1,208 bilhão, ao passo que em 2017 foi de R$ 1,221 bilhão. A baixa foi de 1,1%.

Por fim, a margem Ebitda da CPFL Renováveis foi de 57,8% no último trimestre de 2018, ante 59,9% entre outubro e dezembro de 2017. A queda foi de 2,1 p.p.

Entre 2017 e 2018, não houve alteração da margem Ebitda, que permaneceu em 62,4%.

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Nota do presidente

“Nossa estratégia de crescimento está alinhada com a demanda do Brasil pelo aumento de fontes renováveis na matriz energética. Temos como objetivo investir na geração por meio de fontes renováveis, fortalecendo nosso modelo de negócio para mitigar riscos e aproveitar as oportunidades que surgem com a evolução em andamento do setor elétrico.

(…) Iniciamos o ano de 2019 confiantes na capacidade do Brasil de retomar o crescimento e alavancar os investimentos e reformas necessárias. O reaquecimento da economia levará ao aumento da demanda por energia em todos os setores produtivos e, por isso, nossa companhia tem grandes oportunidades para ampliar a liderança no setor”, escreveu o presidente da CPFL Renováveis, Fernando Mano da Silva.

O presidente também citou a Oferta Pública de Ações (OPA) da companhia:

“A conclusão da OPA feita pela chinesa State Grid, que passou a deter diretamente 48,39% do capital da companhia, fortalece a nossa capacidade de investimento e a possibilidade de agregarmos novas tecnologias e soluções em nossos ativos. Maior grupo de energia do mundo, nosso acionista possui experiência operacional e conhecimento técnico de ponta aplicados em diferentes ativos na China e no mundo”, completou a chefia da CPFL Renováveis.

Amanda Gushiken

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