Grana na conta

Cosan (CSAN3) sobe forte e lidera altas do Ibovespa, após banco projetar cenário favorável e alta de até 96%

A Cosan (CSAN3) pode estar chegando a um momento de inflexão, segundo análise da BTG Pactual. A ação da empresa dá sinais de que pode despontar na Bolsa. O banco avalia que, apesar da complexidade do negócio, existe potencial de alta de 96%, com indícios de um possível corte de juros do Banco Central e indicadores do desempenho operacional da companhia que chamaram atenção dos analistas.

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O relatório do time do BTG fez brilhar os olhos do mercado. Nesta sexta (2), a Cosan fechou o pregão liderando altas no Ibovespa. Os papéis da Cosan encerraram a sessão com alta de 7,9%, cotados a R$ 16,53, em dia de fortes ganhos do índice da B3.

Cotação CSAN3

Gráfico gerado em: 02/06/2023
1 Mês

O BTG Pactual está com uma posição otimista em relação às ações da Cosan, fixando preço-alvo de R$ 30. Os analistas veem espaço para que o papel chegue a dobrar sua cotação na Bolsa nos próximos meses.

“As ações sensíveis às taxas começaram a ter um bom desempenho ultimamente, na esperança de um ciclo de corte. Achamos que também chegou a hora do Cosan”, afirma o relatório.

Com os últimos movimentos da Cosan envolvendo a Vale (VALE3), a dívida líquida da empresa, que era de R$ 17,5 bilhões em 2020, deverá chegar a R$ 33 bilhões neste ano, de acordo com projeções. Essa estrutura de capital e o investimento de R$ 17 bilhões é um dos motivos de reticências dos investidores.

A Cosan adquiriu em outubro do ano passado 4,9% do total das ações ordinárias da Vale (VALE3). O valor aproximado da operação seria de R$ 17 bilhões

Apesar desses dados, o BTG avalia que os instrumentos de capitalização utilizado pela empresa junto a credores – no qual os financiadores só recebem após Compass, Raízen (RAIZ4) e Vale pagarem os dividendo – os deixam confortáveis, pois não representam uma ameaça ao fluxo de caixa.

“Além disso, a aplicação direta de caixa (1,5% da Vale) é um título negociável e líquido, e o restante (participação de 3,4%), protegido por meio de instrumentos derivativos. Isso pode ser revertido se a Cosan assim decidir, e tem bastante tempo para fazer”, acrescenta o comunicado.

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A razão do otimismo do BTG

Segundo o banco, a desalavancagem da Cosan deve chegar a 1,9x em 2023 e 1,6x no ano seguinte. Outros dados são as precificações dos ativos, como Compass, Moove e Radar.

“Mesmo antes de potenciais sinergias e melhorias operacionais em ativos adquiridos e construídos, estamos olhando para um Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) anualizado próximo a R$ 4,4 bilhões da Compass”, relatam os analistas do BTG sobre a subsidiária da Cosan.

*Com Vinícius Alves

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Redação Suno Notícias

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