Coronavírus: Adidas prevê impacto de US$ 1,1 bi nas vendas na China

A Adidas informou que a epidemia de coronavírus (Covid-19) poderá impactar as vendas na China em até US$ 1,1 bilhão (cerca de R$ 5,2 bilhões) no primeiro trimestre de 2020. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (11) durante uma teleconferência para comentar os resultados de 2019.

De acordo com a Adidas, o lucro operacional deverá cair entre US$ 450 milhões a US$ 560 milhões (cerca de R$ 2,65 bilhões) nos três primeiros meses de 2020 na China. O país asiático foi o principal afetado pelo coronavírus.

A companhia alemã espera ainda que as vendas no primeiro trimestre caiam mais de 10%. Além disso, a empresa espera uma redução de R$ 530,9 milhões em vendas no Japão e na Coreia do Sul. O continente asiático é responsável por cerca de um terço das vendas da varejista.

“O vírus está pior do que se temia. Dada a duração da situação na China, o impacto negativo em outros países asiáticos e agora também a disseminação para a Europa e os EUA, infelizmente temos que concluir que uma normalização de curto prazo não ocorrerá”, afirmou o analista do banco norte-americano Jefferies, James Grzinic, em um relatório sobre a Adidas.

Após o comunicado, as ações da empresa, negociadas na bolsa de valores de Frankfurt, na Alemanha, encerraram em queda de 11,69%, a 197,86 euros.

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A variação negativa aconteceu mesmo após a Adidas informar que obteve alta de 54% no seu lucro líquido do quarto trimestre de 2019. Além disso, o lucro por ação das operações contínuas da empresa avançou 97%.

OMS declara coronavírus pandemia

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o coronavírus uma pandemia. O diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou na semana passada que os epidemiologistas estavam monitorando constantemente o desenvolvimento da doença.

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Segundo a organização internacional, atualmente há mais de 118 mil casos em 114 países, com 4.291 pessoas que já morreram por causa da epidemia do vírus.

“A descrição da situação como uma pandemia não altera a avaliação da OMS da ameaça representada por esse vírus. Isso não muda o que a OMS está fazendo, nem o que os países devem fazer. Pandemia não é uma palavra para ser usada de maneira leviana ou descuidada”, declarou Ghebreyesus sobre a nova classificação do coronavírus.

Giovanna Oliveira

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