Copom prega cautela e indica juro estável nos próximos meses

O Comitê de Política Monetária (Copom) informou, em ata de reunião publicada nesta terça (26), que considera importante “observar o comportamento da economia brasileira ao longo do tempo” e que essa avaliação “demanda tempo e não deverá ser concluída a curto prazo”. O Comitê manteve a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 6,5%.

O Copom lembrou que indicadores recentes da atividade econômica do País apontam ritmo aquém do esperado, mas que a economia segue em process de recuperação gradual. “A economia segue operando com alto nível de ociosidade dos fatores de produção, refletido nos baixos índices de utilização da capacidade da indústria e, principalmente, na taxa de desemprego“.

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O Comitê do Banco Central descreveu o cenário externo como “desafiador”, com decrescentes riscos associados à normalização das taxas de juros em algumas economias avançadas, mas problemas em relação à desaceleração da economia global.

As metas de inflação também foram apresentadas. Em 2019, a meta central é de 4,25%, com oscilação entre 2,75% e 5,75%. Para 2020, 4%, podendo variar entre 2,5% e 5,5%. No cenário de mercado, considerando estimativas de bancos para juros e câmbio, a previsão para a inflação é de 3,9% em 2019 e de 3,8% em 2020. O cálculo leva em conta a Selic em 6,5% ao ano em 2019 e 7,75% ao ano em 2020, com câmbio de R$ 3,70 e R$ 3,75, respectivamente.

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Na avaliação do Copom, a evolução do cenário básico e do balanço de riscos “prescreve manutenção da taxa Selic no nível vigente […] O Comitê ressalta que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”, informou o Comitê.

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Por fim, o Copom diz avaliar que “cautela, serenidade e perseverança” nas decisões de política monetária têm sido “úteis na perseguição de seu objetivo precípuo de manter a trajetória da inflação em direção às metas”.

Guilherme Caetano

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