Copel (CPLE6): após prévia operacional do 4T23, banco vê ‘surpresa’ nos dados e recomenda compra das ações

A Copel (CPLE6) publicou sua prévia operacional do quarto trimestre de 2023 (4T23), registrando alta de 10% dos volumes distribuídos. O BTG recomenda compra dos papéis. 

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Segundo dados da Copel, a demanda de energia aumentou em todos os segmentos, principalmente nos setores comercial (alta de 17,7% em relação ao ano anterior), residencial (+16,8% na base anual) e rural (+12,6% na comparação anual), impulsionada principalmente por temperaturas mais elevadas.

Por sua vez, o consumo no segmento ‘outros’ (ou seja, setor público) aumentou 7,1% em relação ao  4T22, e o segmento industrial registrou um crescimento modesto de 1,7% ante ao ano anterior. 

No lado da geração, os volumes consolidados vendidos aumentaram 10,7% em relação ao ano anterior, impulsionados por um aumento de 30,9% na geração eólica após a aquisição das usinas solares Aventura e SRMN (fechada em janeiro de 2023). 

“Esperamos uma reação positiva do mercado, pois estávamos esperando ver os recentes períodos de calor impactando mais fortemente as concessões localizadas nas regiões norte e nordeste”, diz o BTG

Após as prévias, o banco reiterou recomendação compra das ações da Copel, com preço-alvo de R$ 12 em doze meses, ante os R$ 9,91 atuais.

De acordo com o BTG, devido às chuvas mais intensas na região sul do Brasil, eram esperados volumes mais modestos da Copel, mas a companhia entregou volumes semelhantes aos da Equatorial (EQTL3) e Energisa (ENGI11).

Copel pagará R$ 672 mi após acordo em processo de arbitragem

 A Copel (CPLE6) informou que concordou em pagar R$ 672 milhões em duas parcelas, com a primeira vencendo em 31 de janeiro, em um processo arbitral iniciado em 2015.

No comunicado, a Copel não informou o nome da contraparte envolvida no processo e citou que os pleitos no litígio atingiam cerca de R$ 3 bilhões. Ainda de acordo com a companhia, a segunda parcela deverá ser quitada até 31 de março de 2025.

“Durante todo o trâmite do procedimento arbitral, a companhia realizou os melhores esforços para mitigar os danos decorrentes das decisões parciais que se sucederam até chegar-se à fase de liquidação de sentença arbitral e, por fim, ao melhor acordo possível preservando os interesses da Copel”, disse a companhia.

Companhia ‘virou o jogo’ em venda e pode pagar mais dividendos, diz BTG; entenda

Em relatório sobre as ações da Copel divulgado em dezembro, analistas do BTG Pactual destacaram que a venda da UTE Araucária passou de um fator negativo para um fator positivo.

Os analistas explicam que, como parte de seu plano de desinvestimentos, a Copel anunciou a venda de sua participação de 81,2% na Usina térmica a gás Araucária (UEGA) (484MW) para a Âmbar Energia.

O transação implicou um um valuation da UTE UEGA (100%) de R$ 358 milhões (set/23), que, considerando sua dívida líquida de R$ 37 milhões, se traduz em um enterprise value de R$ 395 milhões, representando R$ 291 milhões pela participação da Copel.

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Petrobras (PETR4) detém os 18,8% restantes no ativo, e o acordo com a Âmbar Energia garante direito de tag along para a petrolífera brasileira até 26 de fevereiro de 2024, pois a transação deverá ser concluída até o final de março de 2024.

“Considerando o valor patrimonial de R$ 291 milhões da participação da Copel, a transação gera R$ 420 milhões em Valor Presente Líquido para a Copel (ou R$ 0,14 por ação). Além disso, o book value da UEGA foi de R$ 47 milhões no 3T23, ou seja, a transação deve gerar cerca de R$ 300 milhões em ganhos extraordinários (antes de impostos) no 1T24, potencialmente traduzindo-se em maiores dividendos“, explica.

Desempenho anual das ações da Copel

Cotação CPLE6

Gráfico gerado em: 30/01/2024
1 Ano

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Vinícius Alves

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