Compra do C6 Bank pelo JP Morgan é aprovada pelo Cade

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade, aprovou sem restrições a compra do C6 Bank pelo banco norte-americano JP Morgan Chase (JPMC34).

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A aquisição feita é de 40% do banco digital C6, que foi fundado em 2019 por ex-sócios do BTG Pactual (BPAC11). O despacho com a decisão está publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (4).

O valor da compra foi de aproximadamente R$ 10 bilhões.

Em junho, o investimento feito pelo JP Morgan deve ser usado para acelerar o crescimento do C6, que hoje tem 7 milhões de clientes.

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Além do Cade, a operação também será notificada ao Banco Central do Brasil, à Superintendência de Seguros Privados (Susep), à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ao Board of Governors of the Federal Reserve System (com cópia para o Office of the Comptroller of the Currency), nos Estados Unidos da América, e ao Cayman Islands Monetary Authority, nas Ilhas Caimã.

Tim abriu processo contra o C6

A parceria entre o C6 e a Tim (TIMS3) passa por um momento complicado, considerando que no seu relatório do segundo trimestre a empresa de telecomunicações informou que abriu um processo no Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil-Canadá para rever cláusulas contratuais.

A ação contra o C6 Bank e a Carbon Holding, controladora da financeira, não foi detalhada. A Tim se limitou a dizer que é necessário discutir a interpretação de determinadas cláusulas.

Se não houver acordo, a parceria poderá até mesmo ser desfeita sem a aquisição de participação acionária da Tim no banco e com a cobrança de uma multa.

A parceria entre as empresas teve início em março de 2020 e foi o primeiro caso de consolidação da estratégia que a operadora de telefonia chama de “customer platform“.

Neste plano, a Tim disponibiliza sua base de clientes e seus canais de comunicação e vendas para ajudar o parceiro a escalar o seu negócio. Em troca, o C6 Bank paga uma comissão e cede participação acionária no banco digital.

Em pouco mais de um ano, a Tim levou cerca de 3 milhões de novos correntistas para o C6 e garantiu uma fatia de 2,9% de participação acionária na instituição financeira.

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O acordo impacta positivamente a operadora também: no segundo trimestre deste ano, a Tim reduziu seu prejuízo no resultado financeiro líquido em R$ 232 milhões, na comparação anual. Com isso, a operadora ficou apenas R$ 36 mihões no negativo.

Ainda de acordo com o relatório, uma das razões para essa melhora foi a parceria com o C6, devido justamente a participação no capital social do banco.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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