Grana na conta

Preço de commodity na China impacta positivamente em fundo imobiliário no Brasil; confira qual

Quando o assunto é sustentabilidade, um dos modelos que mais têm se popularizado no Brasil é o de geração distribuída, que permite aos consumidores gerarem a própria energia elétrica através de painéis solares. Esses equipamentos, por sua vez, possuem o polissilício como matéria-prima principal, produto cujo preço despencou nos últimos meses e ajudou a fortalecer o fundo imobiliário de investimento voltado para o setor aqui no Brasil, o SNEL11.

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O componente, cuja as maiores fabricantes do mundo estão localizadas na China, viveu uma verdadeira ‘montanha russa’ este ano. De acordo com a Consultoria Grenner, o valor do polissilício, que representa quase metade dos custos dos equipamentos, saiu do patamar de US$ 30 por quilo em fevereiro para menos de US$ 9 por quilo em junho, o que contribuiu positivamente para o fundo.

“A redução no preço dos equipamentos ajudou a reduzir o capex dos projetos e aumentar a taxa interna de retorno (TIR), facilitando o atingimento da meta de rentabilidade dos projetos que avaliamos no SNEL”, diz Rafael Menezes, especialista de energia FII SNEL11 da Suno.

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SNE1L1: valorização do real também contribui para o setor

Nos últimos meses, um cenário já favorável para o setor se intensificou com a valorização do real frente ao dólar, reduzindo a pressão sobre os custos de importação e influenciando positivamente os investimentos em infraestrutura solar. 

A moeda brasileira, que saiu de R$ 5,20 para abaixo de R$ 5, torna os investimentos em usinas fotovoltaicas ainda mais atraentes para projetos localizados no Brasil. 

“Esta transformação não apenas diminui os custos de aquisição dos materiais, mas também fortalece a competitividade do setor solar como uma alternativa viável e econômica”, afirma Menezes.

Além disso, a perspectiva de redução das taxas de juros apresenta um cenário mais atrativo para o segmento de geração distribuída, o que corrobora para a formação da melhor janela para a implantação de novas usinas fotovoltaicas nos próximos anos.

“Com a queda do preço em dólar e a queda do câmbio do dólar frente ao real, ficou ainda mais atrativo comprar o equipamento fora ao invés de aproveitar os equipamentos já estocados no Brasil”, avalia o especialista.. 

Neste sentido, lembra Menezes, o cenário acabou prejudicando alguns distribuidores, que estavam com estoque alto e se preparando para a grande demanda do mercado, devido ao volume de projetos protocolados ao longo de 2022. 

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Quais as perspectivas para os próximos meses?

Na visão do analista, é difícil prever uma redução ainda maior nos próximos 12 meses do valor do equipamento em dólar, já que as atenções nesse período estão mais voltadas para a manutenção do câmbio no patamar atual e uma possível mudança no regime do chamado ‘ex-tarifário’.

“O regime de ex-tarifário é um incentivo à importação quando a indústria nacional não atende a demanda interna. Ele prevê, portanto, a redução da alíquota do imposto de importação nas operações e assim, viabiliza uma realidade muito interessante aos importadores”, finaliza o especialista do fundo imobiliário de energia da Suno.

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Giovanni Porfírio Jacomino

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