Como começar seus investimentos do zero? Veja dicas de especialistas

Investir e multiplicar o patrimônio – ou simplesmente protegê-lo – pode parecer uma tarefa muito complicada no início, especialmente para quem está começando a consumir conteúdo no mundo dos investimentos e começou a poupar há pouco tempo. Ou, em alguns casos, ainda é refém de recomendações do gerente do banco ou fica na poupança.

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Nesta matéria, trazemos algumas dicas para você começar a sua jornada de investimentos do zero, com os principais passos que deve dar nesse caminho, da forma mais segura e rentável.

A democratização dos investimentos alcançou grandes patamares nos últimos anos, e já são mais de 5 milhões de investidores pessoa física na bolsa de valores, segundo dados da B3 (B3SA3).

Neste contexto, é possível comprar uma ação de uma empresa por poucos reais. Ações da Petrobras (PETR4), por exemplo, custam R$ 35 atualmente – certamente menos do que uma pessoa comum gasta em um sábado à noite.

Com um papel deste na carteira, você teria ganhado, na conta e livre de impostos, R$ 16,66 nos últimos 12 meses, com os dividendos da empresa. Ou seja, com 100 ações compradas a um montante de R$ 3,5 mil, você teria recebido R$ 1,6 mil.

Ou seja, a consistência de longo prazo pode ser uma chave para a rentabilidade com segurança.

Investir demanda segurança

É praticamente um consenso entre os especialistas que um dos primeiros passos antes de investir é ter um dinheiro relevante poupado. Ou seja, uma parte do patrimônio direcionada para custos urgentes – a chamada reserva de emergência.

A recomendação mais usual é de que o investidor junte de seis a doze meses dos seus custos mensais. Ou seja, se você costuma ter despesas de aluguel, alimentação e similares que beirem R$ 5 mil, é recomendável que você tenha cerca de R$ 30 mil, no mínimo, na reserva de emergência.

Isso considerando que você seja um trabalhador ‘estável’ – em regime CLT ou análogo. Se for empresário, PJ ou alguém com um regime de menor estabilidade, a recomendação costuma ser de cerca de 12 meses de custos guardados.

Esse valor, contudo, não precisa ir necessariamente para a famigerada poupança – que perde para a inflação na esmagadora maioria do tempo.

Investimentos de alta liquidez e baixo risco são os mais recomendados, como CDBs ou o CDI – disponíveis em quase qualquer banco, corretora ou plataforma de investimentos.

Assim, caso ocorra algum imprevisto, a sua reserva de emergência estará preservada e poderá ser sacada imediatamente.

Antes da elaboração dessa reserva, é recomendado quitar qualquer uma de suas dívidas.

Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio, mais de 79% das famílias brasileiras possuem alguma dívida, e 30% estão inadimplentes.

Evite alavancagem, risco desnecessário e dívidas

Após a reserva ter sido feita, é importante evitar aportes em estratégias de maiores riscos e ficar atento ao seu perfil de investidor. Praticamente todas as plataformas de investimento possuem classificações que fornecem uma informação qualificada para saber se um determinado investimento é ou não adequado.

Por exemplo: o fundo imobiliário Suno Recebíveis (SNCI11), da Suno Asset, possui baixa volatilidade e paga dividendos mensais para os investidores. Esse ativo tem uma classificação de risco em 15 na XP Investimentos – de uma escala de 0 a 100.

Além disso, é necessário ficar atento à oportunidade que pode oferecer risco exagerado. Como exemplo, recentemente alguns bancos dão a possibilidade de investir via cartão de crédito, e há anos as corretoras oferecem alavancagem – uma forma de você operar no mercado com um dinheiro múltiplas vezes maior do que o seu patrimônio.

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Especialistas também apontam que é recomendável ficar longe desse tipo de oportunidade.

“Tomar dinheiro emprestado para investir raramente é uma boa ideia. Só é bom para as empresas que concedem o crédito, mas para o investidor pessoa física não costuma ser vantajoso”, comenta André Massaro, Educador Financeiro.

Mais: a rentabilidade que você poderá alcançar pode ser inclusive menor do que os juros de uma eventual dívida, pondo em risco o seu patrimônio e a sua saúde financeira.

Diversificação é o nome do jogo

Em um cenário que já se tem um ‘colchão financeiro’ da reserva de emergência, a recomendação é de que o investidor tenha vários tipos de ativos em sua carteira.

Ou seja, para mitigar riscos e evitar grandes quedas do seu patrimônio, é interessante diversificar seus investimentos entre várias classes. Por exemplo, se o Brasil está, hipoteticamente, passando por uma crise, a bolsa está caindo e a inflação subindo, uma carteira com alocações em renda fixa atrelada ao IPCA ‘compensaria’ as quedas dos investimentos em ações.

Raphael Prata, colunista do Suno Notícias, aponta que os investimentos devem ser pensados para os objetivos do investidor e levando em consideração o risco que se está disposto a correr.

“Para entender sobre melhores oportunidades de diversificação, é necessário saber que acertar ciclos de mercado são difíceis, e o perfil de cada um sempre deve ser levado em consideração”.

Invista em informação

Fora as movimentações na corretora, acompanhar o mercado deve ser uma tarefa recorrente do investidor. Como exemplo, um investidor com títulos de renda fixa atrelados ao IPCA deve ter algum conhecimento sobre o cenário macroeconômico atual, a fim de garantir rentabilidade e reduzir seus riscos.

Mesmo que não se tenha os conhecimentos mais técnicos sobre o tema, é relevante estar por dentro do tema, ainda que assessorado por um profissional do mercado financeiro.

Caso se tenha investimento em ações, é possível se informar sobre a saúde financeira de uma das empresas que se é investidor por meio dos documentos oficiais da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por relatórios de analistas e por notícias.

Em um caso de alocação em fundos de investimento (fundos imobiliários, fundos de ações, fundos multimercado), mesmo que seja uma forma mais passiva e que exija menos tempo do investidor, é recomendável acompanhar os passos da gestora em questão.

Como exemplo, o Suno FIC FIA é um fundo de ações e, pelas páginas oficiais e cartas da gestão, é possível saber quais passos estão sendo dados pela gestora e como está a rentabilidade.

Em um cenário em que se possa realizar investimentos por conta própria, é possível realizar alocações com base em recomendações de especialistas profissionais e certificados (CNPIs), como os profissionais da Suno Research, que disponibilizam carteiras de ações recomendas aos seus assinantes.

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Eduardo Vargas

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