Marcos Neuhaus

Qual a surpresa em a Apple (AAPL34) comprar a Disney (DISB34)?

A marca do camundongo mais conhecido do mundo é avaliada em US$ 182 bilhões e, caso essa fusão avance, aumentaria a valorização da maçã em até 25%, saltando dos US$ 2,62 trilhões, para US$ 3,2 trilhões em valor de mercado

Muito tem se falado nos últimos dias sobre uma fusão bilionária entre Apple (AAPL34) e a The Wall Disney Company (DISB34). A marca do camundongo mais conhecido do mundo é avaliada em US$ 182 bilhões e, caso essa fusão avance, aumentaria a valorização da maçã em até 25%, saltando dos US$ 2,62 trilhões, para US$ 3,2 trilhões em valor de mercado.

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A marca criada pelos Steves – Jobs e Wozniak – afirmou que planeja entrar com mais força na produção de filmes para cinemas, investindo cerca de US$ 1 bilhão, impulsionando assim o Apple TV+. Ao comentar o tema, Robert Iger, CEO da Disney, disse: “acredito que, se Steve ainda estivesse vivo, teríamos combinado nossas empresas”.

Essa fala de Robert Iger é realmente verdade.

A Pixar Animation Studios, empresa de animação responsável pela criação de filmes como Toy Story, Vida de Inseto, Carros, entre muitos outros e criada por Steve Jobs, John Lasseter, Edwin Catmull, Alvy Ray Smith, Alexander Schure já teve relações de amor e ódio com a Disney.

Em 2006, depois de uma longa negociação, a Disney anunciou a aquisição da Pixar por 7,4 bilhões de dólares. Essa transação trouxe uma série de oportunidades e desafios para ambas as empresas. A Pixar, conhecida por sua habilidade excepcional em contar histórias emocionantes através da animação digital, encontrou na Disney um parceiro com vasta experiência em distribuição e marketing.

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Steve Jobs, que se tornou o maior acionista individual da Disney após a negociação, desempenhou um papel fundamental no processo. Sua visão de longo prazo e sua paixão pela criatividade impulsionaram a Pixar a se tornar uma potência no mundo da animação. A aquisição pela Disney permitiu que Jobs se tornasse um membro do conselho de diretores da empresa, solidificando seu impacto no setor.

A magia da Pixar combinada com a experiência da Disney em criar histórias cativantes resultou em uma sinergia poderosa, além disso, a aquisição permitiu que a Pixar continuasse a operar com uma certa autonomia criativa. A empresa manteve sua cultura única e seu compromisso com a excelência artística, enquanto se beneficiava da vasta rede de recursos da Disney.

Essa aquisição da Pixar pela Disney foi uma jogada estratégica que beneficiou ambas as partes. A primeira obteve suporte financeiro e uma plataforma global para alcançar um público ainda maior, enquanto a segunda expandiu seu catálogo de animação, fortaleceu sua presença no mercado e garantiu acesso a um talento criativo excepcional.

Steve Jobs desempenhou um papel essencial nesse acordo, utilizando sua visão e habilidades de negociação para garantir que a Pixar encontrasse o melhor lar possível. Sua liderança e visão empresarial deixaram um grande legado não apenas na Pixar e na Disney, mas também na indústria do entretenimento como um todo.

Com tudo isso, caso essa fusão realmente ocorra, não será nenhuma grande surpresa, mas apenas mais um capítulo de uma história longa, com acordos bilionários e muita, mas muita criatividade.

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Nota

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