Ação da Cielo (CIEL3) ganha quase 4% no Ibovespa hoje. O que aconteceu?

Os ativos da Cielo (CIEL3) foram um dos destaques do Ibovespa na sessão desta quarta-feira (17).

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Apesar de ter perdido força mais próximo do horário de fechamento, as ações da Cielo subiram 3,83%, cotadas a R$ 5,42.

Entre os motivos para a alta de hoje, estão os resultados positivos do segundo trimestre de 2022 (2T22) da empresa, divulgado no início de agosto, assim como o bom desempenho do varejo nos últimos dias, uma vez que o setor é conectado ao das “maquininhas”.

De acordo com Eduardo Melo, CEO da Prime Investe, a Cielo passa por um período de retomada intensa, que vem ocorrendo desde o início do ano. No acumulado de 2022, os papéis tem ganhos de 147,49%.

“Vemos a Cielo saindo desse ‘limbo’ em que ela se encontrava, na casa das ações valendo R$ 1, R$ 1,90”, disse Melo. Outro ponto dos analistas e investidores é que desde o dia 14 de fevereiro a trajetória da Cielo vem chamando muita atenção.

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“Ocorre um volume dobrado de negociações, em uma posição muito estranha, identificando ali uma entrada de força compradora muito grande”, afirmou o CEO da Prime.

“Hoje, ela completa o quarto dia de alta consecutiva. Interessante é que a subida de hoje não tão expressiva, mas é a menor alta das últimas semanas. A gente vem de quatro semanas consecutivas de ganhos, mas hoje a alta não é muito animadora para o mercado”, explicou.

Também contribuíram para o avanços dos papéis da empresa os comentários recentes do CFO da Cielo, Filipe Oliveira, que reforçou que a mensagem de que a companhia segue em crescimento.

Cielo mais do que dobra o lucro do 2T22, para R$ 383,4 milhões

Cielo reportou seus resultados do segundo trimestre de 2022 (2T22). A empresa destaca que o lucro recorrente foi de R$ 383 milhões, alta de 112,5% quando comparado ao lucro recorrente do 2T21 – período em que registrou R$ 180,4 milhões.

De acordo com o balanço da Cielo do 2T22, esse é o maior valor de lucro líquido recorrente desde o quarto trimestre de 2018. “O trimestre foi marcado por forte desempenho operacional em adquirência e na Cateno”, diz o relatório financeiro.

Ao desconsiderar o resultado recorrente, o lucro líquido teria um salto de 252,2% em relação ao 2T21, totalizando R$ 635,5 milhões. A companhia afirma que a queda se dá pela influência de efeitos extraordinários sobre o resultado de janeiro a março do ano anterior.

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“Houve expansão do resultado em todas as unidades de negócios. Em outras controladas, o resultado se beneficiou dos impactos positivos relacionados à venda da subsidiária MerchantE. Tanto na Cielo, como na Cateno, os resultados foram impulsionados pela sólida melhora nos fundamentos operacionais, com crescimento das receitas e gastos sob controle”, aponta a empresa.

resultado operacional da Cielo se beneficiou do crescimento do volume capturado, recuperação do yield de receita, contínuo controle de gastos, expansão do negócio de antecipação de recebíveis e desempenho recorde da Cateno.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, o Ebitda da Cielo, foi de R$ 1,183 bilhão no 2T22, um avanço de 103,7% sobre o mesmo período de 2021, impulsionado, além do desempenho operacional de Cielo e Cateno, pelos impactos relacionados à venda da MerchantE.

Já o Ebitda recorrente da Cielo ficou em R$ 914,7 milhões, registrando aumento de 57,5% sobre o 2T21, com margem Ebida de 36,0% no 2T22, contra 20,7% no 2T21.

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Victória Anhesini

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