China sinaliza intensificação dos esforços para alavancar economia

Após os indicadores mostrarem um aprofundamento da desaceleração econômica, a China promete intensificar os esforços para alavancar a economia.

Depois da reunião entre autoridades da China em Pequim, o governo resolveu tomar algumas medidas para estimular o crescimento econômico. São elas:

  • Aumento do crédito para empresas menores;
  • Investimentos em infraestrutura;
  • Redução de impostos.

“Vamos resolver o problema dos bancos comerciais que não ousam ou relutam em emprestar para pequenas empresas”, disse o vice-presidente do banco central chinês, Zhu Hexin.

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Possíveis medidas para conter a desaceleração

De acordo com Zhu, o objetivo é manter o valor do yuan (moeda oficial da China) estável. Além disso, as autoridades afirmaram que o país manterá uma política monetária estável, porém flexível.

No último ano, segundo o vice-presidente, para conter a desaceleração econômica, a China aumentou a disponibilidade de crédito. Entretanto, com a ação, os novos empréstimos totalizaram 16,17 trilhões de yuans, equivalente a 2,39 trilhões de dólares.

Além disso, Zhu afirmou que as novas medidas realizadas pelo país, relativas a um “afrouxamento monetário” que inclui a redução de taxas nas reservas compulsórias dos bancos, vão estimular os pedidos de empréstimos do setor privado.

Ainda de acordo com o vice-presidente, em relação a um possível corte nas taxas de juros para estimular a economia, Zhu disse que as políticas já contribuem para estabilidade da atividade econômica chinesa.

De acordo com o vice-chefe da principal agência de planejamento econômico da China, Lian Weiliang, as autoridades chinesas estudam realizar investimentos na infraestrutura do país, acelerando grande projetos no orçamento do governo ainda no primeiro trimestre deste ano.

Além disso, o ministro assistente da Fazenda, Xu Hongcai, afirmou que irá realizar um pedido para que os governos locais acelerem e emissão de títulos. No entanto, o objetivo é facilitar a construção de prédios públicos.

Conforme disse o ministro, o governo não deve fazer grandes estímulos. Isso, porque as autoridades do país não querem adotar métodos antigos de estímulos econômicos que resultaram em acumulo de dívidas.

Desta forma, investimentos em ferrovias e outros projetos públicos que aumentam os temores sobre um possível aumento do endividamento, devem ser descartados.

No entanto, para estabilizar o emprego e estimular o consumo, o ministro assistente aponta como saída a redução da carga tributária de pequenas empresas e famílias.

Expectativas econômicas

As expectativas em relação a economia da China é de que seja definida uma meta de crescimento econômico entre 6% e 6,5%, em 2019.

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Renan Bandeira

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