Carrefour (CRFB3) dispara 15% na abertura após compra do Grupo BIG; UBS vê consolidação da empresa

As ações do Carrefour (CRFB3) abriram em forte alta na manhã desta quarta-feira (24). Logo após a empresa anunciar a compra do Grupo BIG por R$ 7,5 bilhões, os papéis ordinários da varejista subiam 15% depois do sino tocar na Bolsa brasileira. Para o UBS, o movimento consolida as operações da empresa no Brasil.

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“O negócio posiciona estrategicamente o Carrefour como líder do setor de varejo alimentar do País”, diz o relatório da instituição. A compra do BIG, que é terceira maior do segmento, pode criar uma gigante que fatura R$ 100 bilhões por ano.

Para o UBS, enquanto os acionistas do Carrefour demandam mais recompras de ações com o capital excedente, a gestão da empresa tem observado oportunidades de fusões e aquisições, com o objetivo de criar mais valor a longo prazo, e a notícia de hoje é um sinal disto.

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“Em nossa opinião, este negócio é feito em um múltiplo atraente com altas sinergias e fortalece significativamente sua competitividade. Esperamos que os investidores respondam positivamente ao negócio.”

O banco suíço recomenda compra das ações do Carrefour, com preço-alvo de R$ 22,50. Após disparar na abertura, os papéis atenuam o movimento operando com um avanço de 12,8%, por volta das 11h05.

Negócio eleva alavancagem do Carrefour, diz XP Investimentos

Em relatório divulgado nesta manhã, a XP Investimentos ressaltou que o negócio pode elevar o índice de endividamento da empresa, embora os múltiplos também pareçam convidativos.

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O valor total de R$ 7,5 bilhões implica em um múltiplo de 7,8 vezes o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 2020, enquanto o Carrefour espera que esse múltiplo seja de 4,1 vezes após as sinergias a serem capturadas nos próximos três anos.

“Com a transação, a alavancagem financeira (medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda) do Carrefour estimada para 2022 vai para aproximadamente 1,4 vez, frente a 0,8 vez anteriormente.”

A corretora, contudo, vê a transação como positiva pois “acelera de forma relevante a expansão do Carrefour, enquanto há muita sinergia a ser capturada, principalmente através da melhora das margens”.

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Jader Lazarini

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