Cade aprova compra da Nextel pela Claro sem restrições

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, nesta quarta-feira (11), a compra de 100% do capital da Nextel pela América Móvil, empresa controladora da Claro no Brasil. A aquisição foi aprovada sem restrições.

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A TIM, uma das principais concorrentes da Claro e da Nextel no Brasil, havia encaminhado um recurso ao órgão regulador sobre a venda. No entanto, a negociação, que custou US$ 905 milhões (cerca de R$ 3,7 bilhões), ocorreu mesmo assim.

A operação também foi aprovada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

De acordo com o conselheiro relator do caso, Sérgio Ravagnani, a rivalidade observada no setor das telecomunicações no País é suficiente para afastar possíveis preocupações concorrenciais. O conselheiro salientou que a concorrência não seria afetada mesmo nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, onde a atuação da Nextel é mais relevante.

“O mercado de SMP brasileiro apresenta grau de concentração significativo e o mercado de telecomunicações como um todo deverá passar por diversas alterações decorrentes dos constantes avanços tecnológicos e da implementação da tecnologia 5G“, afirmou Ravagnani.

Além disso, o conselheiro relator afirmou que o órgão regulador acompanhará atentamente as movimentações no setor.

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“O Cade está e estará atento aos movimentos desse mercado, atuando preventivamente por meio da análise de atos de concentração e, caso necessário, de forma repressiva na apuração de eventuais condutas anticompetitivas”, disse Ravagnani.

Nextel reporta prejuízo no terceiro trimestre

A Nextel Brasil apresentou, em seu balanço trimestral, um prejuízo líquido de US$ 27,7 milhões no período de julho a setembro deste ano. A companhia, controlada pela NII Holdings, teve uma queda de 11% na comparação anualizada.

Saiba mais: Nextel Brasil reporta prejuízo de US$ 27,7 milhões no 3T19

No terceiro trimestre, a receita operacional da empresa de telecomunicações atingiu US$ 146 milhões (R$ 584,28 milhões), um avanço de 3%. As despesas operacionais foram de US$ 113 milhões (R$ 452,21 milhões) no período, representando um recuo de 13%.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Nextel foi de US$ 32 milhões (R$ 128,09 milhões) no período, uma crescimento de 2,7 vezes em relação aos US$ 12 milhões registrados em 2018.

Giovanna Oliveira

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