BTG Pactual (BPAC11) vê ação da JSL (JSLG3) barata e eleva preço-alvo

O BTG Pactual (BPAC11) atualizou o modelo para JSL (JSLG3) e elevou o preço-alvo para o papel da empresa de logística de R$ 13,00 para R$ 16,00, implicando um potencial de valorização de 51% ante o fechamento de segunda-feira (30).

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Para a atualização da tese de investimento, o BTG Pactual encontrou-se com Ramon Alcaraz (novo CEO da JSL), Guilherme Sampaio (CFO) e Denys Ferrez (CFO do Simpar, holding controladora da empresa).

“O evento reforçou nossa visão construtiva sobre a ação, que combina uma incomparável modelo de negócios (plataforma de logística nº 1 do Brasil), perspectivas de crescimento atraentes (recuperação no crescimento orgânico e muito espaço para crescer inorgânico) e valuation barato (9,6x Preço/Lucro 2022),” escreveram os analistas Lucas Marquiori, Fernanda Recchia, Bruno Lima e Marcel Zambello.

Com uma carteira de R$ 2,5 bilhões em novos contratos, a diretoria da JSL está concentrada em encontrar um equilíbrio entre ativos leves e ativos pesados.

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A administração também planeja expandir a presença do negócio — hoje em cinco países da América do Sul — fora do Brasil através de aquisições recentes, como a Marvel.

Desde o IPO da JSL, a empresa realizou cinco compras:

  • Fadel;
  • Transmoreno;
  • TPC;
  • Rodomeu;
  • Marvel.

As aquisições somam R$ 1,7 bilhão em receita bruta anualizada e adicionaram novos setores ao portfólio da companhia. A gestão agora espera sinergias de melhor estrutura de capital, maior poder de barganha com fornecedores e venda cruzada.

Em termos de tamanho para novas aquisições, a diretoria busca fusões e aquisições com faturamento de R$ 300 a 500 milhões.

O BTG Pactual atualizou as estimativas para 2021 e 2022 de receitas líquidas em 13% e 32%; Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em 22% e 26% e lucro líquido em 11% e 16%. De acordo com os analistas, a ação da JSL negocia a um múltiplo atraente, com um desconto de 35% em comparação a média do setor.

O novo modelo, contudo, não considera fusões e aquisições adicionais. Novas operações de M&A poderiam totalizar R$ 2,5 a R$ 5 bilhões de receitas líquidas e de R$ 438 a R$ 1 bilhão de Ebitda. Os números poderiam aumentar o preço-alvo para JSL em R$ 2 a R$ 4, para R$ 18 a R$ 20.

Entre os principais riscos de curto prazo para a tese, estão, novas variantes do novo coronavírus, a escassez de veículos e baixa liquidez.

Cotação da JSL nesta terça (31)

Por volta das 14h50, a ação da JSL (JSLG3) operava em queda de 3,48%, a R$ 10,26.

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Arthur Guimarães

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