Ibovespa: Marfrig (MRFG3) sobe forte e lidera altas; entenda os motivos

No fechamento desta segunda-feira (27), as ações da BRF (BRFS3) avançaram 7%, após liderar as altas do Ibovespa desde a abertura do mercado. Os papéis do frigorífico encerraram negociadas a R$ 26,28. O movimento positivo para os acionistas da companhia foram fortemente influenciados pela aprovação da compra de ações da BRF por parte da Marfrig (MRFG3), que hoje liderou as altas no Ibovespa com valorização de 7,15%, a R$ 24,28.

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A aquisição do capital social teve respaldo em decisão recente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que publicou parecer chancelando-a sem restrições.

No dia 21 de maio, a Marfrig realizou a compra de ações ordinárias da BRF, atingindo participação de 24,23% do capital social, ou seja, 196,869 milhões de papéis.

Posteriormente, no dia 3 de junho, a Marfrig comprou mais ações da companhia por meio de opções e em leilões realizados em Bolsa de Valores e chegou a uma participação de 31,67%, o que a aproximou dos limites estabelecidos no estatuto da BRF para acionistas minoritários e da cláusula de “poison pill”.

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A preocupação se deu pois a cláusula em questão prevê que qualquer acionista que atinja 33,33% das ações da empresa terá de divulgar este fato e lançar, em até 30 dias, uma oferta pública de aquisição (OPA) para todos os demais acionistas.

Fusão da BRF no radar

A compra aumentou as expectativas de fusão entre ambas as companhias, apesar da negativa de ambas as partes à época.

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Na análise do mercado, a movimentação nada mais é do que uma tentativa de chamar a atenção da dona da Sadia e Perdigão para retomar as conversas de uma combinação de negócios que foi iniciada, em 2019, e acabou não indo para frente.

Contudo, enquanto a Marfrig é uma empresa mais jovem, agressiva em aquisições e experiente no dinâmico setor de commodities, a BRF tem origens centenárias e é mais cautelosa em seus movimentos de mercado. Além disso, a dinâmica da indústria de alimentos processados é diferente do mercado de carnes.

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Eduardo Vargas

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