Bolsas asiáticas fecham em alta antes de feriado na China; Europa ensaia recuperação

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira (08), após um dia de recordes em Wall Street e antes de um feriado de uma semana na China.

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Esse cenário pode influenciar nas negociações do Ibovespa hoje. Na véspera, o índice fechou em queda de 0,36%, aos 129.949,90 pontos.

O índice japonês Nikkei subiu 2,06% em Tóquio hoje, a 36.863,28 pontos, atingindo o maior patamar em 34 anos, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,41% em Seul, a 2.620,30 pontos.

Na China continental, as bolsas ficaram no azul pelo terceiro pregão seguido, ainda sustentadas por promessas de apoio do regulador de mercado local – que ontem trocou seu comando – e de um grande fundo de investimento. O Xangai Composto teve alta de 1,28%, a 2.865,90 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto saltou 3,17%, a 1.577,33 pontos.

O apetite por risco na China prevaleceu apesar de seus preços recuarem em ritmo mais forte do que o esperado em janeiro, sinalizando que a demanda doméstica segue fraca. O índice de preços ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) do país teve queda anual de 0,8% em janeiro, a maior desde setembro de 2009. Analistas consultados pela FactSet previam recuo de 0,5% no primeiro mês de 2024. Em dezembro, o CPI chinês havia caído 0,3% ante um ano antes.

Os últimos dados da inflação chinesa sugerem que medidas de estímulo mais agressivas são necessárias para impulsionar o crescimento da segunda maior economia do mundo.

O tom positivo em Xangai e Shenzhen também precede o feriado do ano novo lunar, que manterá os mercados acionários chineses fechados por uma semana, a partir desta sexta-feira (09). Outras bolsas asiáticas que não funcionam amanhã por causa de feriados são os da Coreia do Sul e de Hong Kong. A de Taiwan, que não opera desde terça-feira (06), também seguirá inativa.

A predominância de ganhos na Ásia veio também após as bolsas de Nova York subirem de forma generalizada ontem, com Dow Jones e S&P 500 renovando máximas de fechamento.

Na contramão, o Hang Seng caiu 1,27% em Hong Kong hoje, a 15.878,07 pontos, à medida que a ação do Alibaba sofreu um tombo de 6,14%, após o gigante do comércio eletrônico chinês decepcionar com seu último balanço.

Na Oceania, a bolsa australiana ampliou ganhos do pregão anterior, com a ajuda de ações de grandes bancos domésticos. O S&P/ASX 200 avançou 0,31% em Sydney, a 7.639,20 pontos.

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Europa ensaia recuperação

As bolsas europeias operam majoritariamente em alta modesta na manhã desta quinta-feira, ensaiando recuperação de perdas de ontem, enquanto investidores digerem balanços de uma série de grandes empresas e bancos da região.

Confira o desempenho dos índices por volta das 8h30:

Londres (FTSE100): -0,18% a 7.615 pontos
Frankfurt (DAX): -0,01% a 16.920 pontos
Paris (CAC 40): +0,38% a 7.637 pontos
Madrid (Ibex 35): +0,20% a 9.908 pontos
Europa (Stoxx 50): +0,33% a 4.694 pontos

Em Amsterdã, a ação da ArcelorMittal subia 2,8%, após a divulgação de resultados trimestrais. Embora a gigante siderúrgica tenha registrado prejuízo maior do que o esperado nos últimos três meses de 2023, seu Ebitda ficou um pouco acima das expectativas.

Os bancos franceses, por sua vez, tinham desempenho misto em Paris, também na esteira de balanços. O papel do Crédit Agricole caía 5,7%, enquanto o do Société Générale avançava 0,40%.

No mercado inglês, a ação da Unilever tinha alta de mais de 3%, após a multinacional anglo-holandesa lucrar mais do que o esperado em 2023.

Já em Copenhague, o papel da Maersk tombava quase 3%, após a gigante dinamarquesa de transporte marítimo suspender recompras de ações, para preservar caixa em um momento de incertezas no Mar Vermelho, onde navios têm sido constantes alvos de ataques relacionados ao conflito no Oriente Médio.

Em dia sem indicadores na Europa, investidores vão acompanhar nas próximas horas comentários de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), do Banco da Inglaterra (BoE) e do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA). Persistem dúvidas sobre quando grandes BCs poderão começar a reduzir seus juros básicos.

*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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Guilherme Serrano Silva

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