Boa Safra (SOJA3) dispara 40% em estreia na Bolsa

A Boa Safra (SOJA3) estreou na Bolsa de Valores de São Paulo em forte alta nesta quinta-feira (29). Em sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), as ações da empresa abriram em disparada de 40%, negociadas a R$ 13,86 por volta das 10h34.

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A precificação das ações da empresa ocorreu na última terça-feira (27), quando a Boa Safra definiu o valor de R$ 9,90 por papel, piso da faixa indicativa. Com isso, o IPO movimentou R$ 460 milhões, mesmo em meio às incertezas que fizeram com que algumas companhias desistissem da listagem na B3 na última semana.

A operação foi composta por uma oferta primária em sua totalidade, quando os recursos são direcionados ao caixa da empresa. Com isso, a companhia visa o crescimento orgânico e inorgânico, além de um reforço ao capital de giro. Em seu prospecto, a companhia diz que irá financiar a construção de cinco novas plantas.

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Fora o crescimento orgânico, um dos objetivos após a abertura de capital é crescer através de fusões e aquisições. Isso porque o mercado brasileiro de sementes de soja é muito pulverizado. A empresa, líder do segmento, possuía 5,7% do market share no ano passado.

Os atuais acionistas da companhia, Marino Stefani Colpo e Camila Stefani Colpo, dividem a empresa em 50% para cada um. Essa fatia será diluída e eles ficarão com 31,8% (sem considerar as ações suplementares e adicionais). A Boa Safra será listada no Novo Mercado, mais alto nível de governança corporativa da B3.

A operação foi coordenada pela XP e BB Investimentos.

Sumário da Boa Safra

A companhia é uma produtora de sementes, que atua nas regiões do Centro-Oeste, Sudeste, Norte e Nordeste. A Boa Safra disse acreditar ser líder de mercado em vendas de sementes de soja no Brasil, citando dados de levantamento realizado pela própria junto a fornecedores de tecnologia.

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Em seu prospecto, a empresa diz “ter um dos mais completos portfólios de sementes de soja do mercado brasileiro, oferecendo tratamentos com diversos componentes químicos e genéticos adaptados às mais distintas regiões do País”.

Ademais, a empresa está começando a operar com sementes de milho e feijão, com uma carteira ainda pequena que representou 0,41% da receita líquida em 2020, e que oferece tratamentos industriais para maior proteção e vigor às sementes de soja.

No ano passado, a receita total da Boa Safra foi de R$ 589 milhões, com um lucro líquido de R$ 70 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 105 milhões, passo que o Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE) atingiu expressivos 64,5%.

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Jader Lazarini

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