BC poderá interromper cortes na Selic se dólar chegar a R$ 4,50, diz Itaú

O economista-chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita, declarou, nesta terça-feira (3), que o Banco Central (BC) poderá interromper o ciclo de cortes na taxa básica de juros (Selic) caso o dólar chegue a R$ 4,50.

De acordo com o economista-chefe do Itaú, caso o dólar não chegue a R$ 4,50, a taxa Selic deverá passar por dois novos cortes de 0,25 p.p no início do ano que vem. Com isso, os juros serão de 4% ao ano, considerando que um novo corte ocorra neste ano.

A expectativa do mercado é que o Comitê de Políticas Monetárias (Copom) realize um novo corte de 0,5 ponto percentual nos juros, para 4,5% ao ano, na próxima reunião, que acontecerá nos dias 10 e 11 de dezembro. Atualmente, a Selic está em 5% ao ano.

“Não é o cenário base que esperamos agora. Mas o nível de R$ 4,50 inviabiliza corte de juros, é o limite de tolerância”, afirmou Mesquita.

O economista-chefe do banco apontou o megaleilão da cessão onerosa e as tensões políticas na América do Sul como fatores que contribuíram para a alta do dólar nas últimas semanas.

Estimativas do Itaú para o PIB

De acordo com Mesquita, a alta do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre, de 0,6%, superou as expectativas do Itaú. O banco previa uma alta de 0,5% entre julho e setembro.

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O avanço da economia no terceiro trimestre fez com que a instituição financeira alterasse sua estimativa para o PIB deste ano. O banco, que previa crescimento de 1% na economia brasileira em 2019, agora estima alta de 1,2%.

“Ao colocar esse número na planilha, imediatamente a projeção para o aumento do PIB no ano passa para 1,2%. Fazia tempo que não pensávamos em revisar para cima as projeções”, disse Mesquita.

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Segundo o economista-chefe, o Itaú prevê que o PIB avance 2,2% em 2020. No entanto, Mesquita ressaltou que a economia deve terminar o ano em um ritmo de 3%.

Giovanna Oliveira

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