Banco do Brasil (BBAS3): resultado do 4T21 foi melhor que o esperado, avaliam analistas; ações disparam

O Banco do Brasil (BBAS3) registrou lucro líquido de R$ 5,9 bilhões no quarto trimestre de 2021, um aumento expressivo em relação ao mesmo período de 2020, de 60,5%, e de 15,4% em relação ao terceiro trimestre de 2021. O balanço positivo agradou investidores e as ações do banco dispararam, com alta de 5,10% às 14h30 desta terça-feira (15).

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Em relatório aos clientes, o Itaú BBA, braço de investimentos do Itaú Unibanco (ITUB4), destaca que o Banco do Brasil publicou um resultado “forte e acima do esperado“. O resultado líquido ultrapassou as estimativas do banco de R$ 5,1 bilhões em quase 15%.

Segundo explicou o próprio Banco do Brasil, em nota, o bom desempenho se deve à redução das despesas com provisões de crédito (queda de 40,2%), manutenção das despesas administrativas, aumento da carteira de crédito, incremento nas receitas de prestação de serviços e ampliação da margem financeira bruta (MFB).

Segundo o Itaú BBA, o balanço dita uma expectativa de crescimento do lucro líquido entre 10% a 24% em 2022, de 1,0 p.p. a 2,4 p.p. acima dos modelos atuais.

“Nós gostamos da composição que sustenta o guidance do lucro líquido de R$ 23 bilhões a R$ 26 bilhões. O Banco do Brasil estima um crescimento de 8% a 12% da carteira de crédito em 2022, o ritmo mais conservador entre todos os outros bancos que divulgam as estimativas”, avalia relatório do BBA assinado por Pedro Leduc, equity research.

Após a divulgação do balanço, o BBA estima um “valor justo” de R$ 41,73 para as ações do Banco do Brasil, um potencial de valorização de 29,5% sobre o fechamento ontem.

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Barato demais para ignorar

O banco BTG Pactual mudou a recomendação das ações do Banco do Brasil para “compra” após o resultado do quarto trimestre mais forte que o esperado. “Barato demais para ignorar”, destacou.

O BTG estima um preço-alvo de R$ 45,00 para os papéis, potencial de valorização de 32%.

“Considerando que o resultado do segundo trimestre de 2021 veio de provisões irregularmente baixas, e que houve uma surpresa positiva com ganhos no terceiro trimestre em títulos públicos, nós esperávamos que o quarto trimestre trouxesse um resultado marginalmente inferior aos dos outros dois trimestres.”

“Mas nós estávamos errados e os números vieram acima do consenso do mercado”, completa.

O BTG destaca o avanço dos empréstimos de 5% na comparação entre trimestres e de 15% na relação anual, em especial, dos cartões de crédito, avanço de 20% entre trimestres, dos empréstimos rurais, +10%, empréstimos corporativos, +8%, e empréstimos pessoais, +6%.

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Resultado positivo e guidance robusto

Para a XP Investimentos (XPBR31), o Banco do Brasil apresentou resultados positivos no quarto trimestre de 2021.

“Apesar da Margem Financeira Bruta (MFB) mais fraca do que o esperado, as maiores receitas de serviços, menores despesas operacionais e custos de crédito compensaram a MFB, resultado em um lucro líquido de R$ 5,9 bilhões no trimestre, superando nossas estimativas”, afirmou em relatório.

“Além disso, o perfil defensivo de sua carteira de crédito continua sustentando seu baixo índice de inadimplência e robusto índice de cobertura. Com isso, esperamos uma reação positiva e reiteramos nossa visão positiva para o Banco do Brasil, sendo também nosso papel favorito do setor.”

Sobre o guidance para 2022, a XP avalia que a deterioração do cenário macroeconômico pode ser um entrave às metas de ampliar em 8% a 12% as carteiras de crédito com avanço nos setores de varejo e rural.

Para as ações do Banco do Brasil, a corretora estima um preço-alvo de R$ 52,00 por ação, um potencial de valorização de 53%.

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Banco do Brasil registra resultado ajustado recorde

Em seu relatório, assinado pelo analista Rodrigo Crespi, a Guide Investimentos destaca o resultado ajustado recorte anunciado pelo Banco do Brasil. “Impacto: Positivo”, avalia.

“Com esse resultado, o Banco do Brasil cumpre o guidance dado para o ano de 2021, alcançando o teto de lucro líquido ajustado dado para o ano (R$21 bilhões), com uma ampliação na carteira de crédito maior do que a prometida (+19,1% versus guidance de +16%), crescendo em agro mais que o estimado (+34,3% versus +31%) e com um controle de inadimplência além do nosso esperando, mantendo uma rentabilidade elevada e ampliando sua carteira de crédito ao mesmo tempo”, afirmou.

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Pedro Caramuru

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