Banco do Brasil (BBAS3) renegocia R$ 2,35 bilhões em dívidas do Fies 

O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou hoje que renegociou R$ 2,35 bilhões em dívidas do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES) nos primeiros meses do processo em todo o país. 

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Segundo o BB, mais de 41 mil renegociações foram concluídas, juntamente com cerca de 154 mil simulações realizadas.

O Banco do Brasil destacou que, desde o início do período de renegociação em novembro, tem oferecido ativamente a oportunidade de renegociação aos beneficiários do programa FIES por meio de seu aplicativo BB Mobile. 

Cerca de 90% das renegociações foram realizadas de forma digital, sem precisar se deslocar a uma agência. “A rede de agências está preparada e os canais digitais do BB também seguem à disposição. Já pudemos contribuir para a regularização da situação de 41 mil brasileiros. Isso é muito representativo porque esse programa de renegociação, assim como o Desenrola, traz maior dignidade financeira às pessoas”, destaca a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.

Estudantes que firmaram contratos até 2017 têm até 31 de maio de 2024 para aderir à renegociação de dívidas do FIES. Será considerada a situação de atraso da dívida até 30 de junho de 2023. O governo estima que cerca de 1,2 milhão de estudantes, com um saldo devedor total de R$ 51 bilhões, têm a possibilidade de renegociar seus contratos, com a maior parte localizada em São Paulo (294 mil), Bahia (108 mil) e Rio de Janeiro (96 mil).

Banco do Brasil deve seguir com as ações mais atrativas do setor

Após um ano de 2023 marcado por mudanças regulatórias e por alguns players do setor de bancos sofrendo com inadimplência elevada, a expectativa do mercado é de que 2024 mantenha um cenário razoavelmente semelhante, com Banco do Brasil (BBAS3) e Itaú (ITUB4) tendo predileção em relação ao Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11).

O Banco do Brasil, especificamente, teve um ano glorioso em 2023, com um rali expressivo de mais de 40% após ter iniciado o período com ruídos e com um valuation que era considerado extremamente atrativo, dada a saúde financeira da companhia, o prêmio em relação aos pares privados e o teor da carteira de crédito.

José Eduardo Daronco, analista CNPI da Suno Research, destaca que as ações do Banco do Brasil já não estão mais tão baratas – contudo ainda são as que reservam o maior otimismo por parte da casa.

“A nossa visão é de que BBAS3 vai se sair bem, mas não tanto quando em 2023, porque uma parte do preço já foi corrigida”, observa o especialista.

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A opinião vai ao encontro do consenso do sell side, dado que de 14 analistas que cobrem a companhia, 11 recomendam compra para os papéis, ante duas recomendações neutra e somente uma de venda.

O preço-alvo médio é de R$ 66, ao passo que os papéis negociam a cerca de R$ 56 em bolsa.

Daronco acrescenta que esse cenário não tem somente a ver com a carteira de crédito mais segura do BB – com exposição ao setor do agronegócio e servidores públicos – mas também do preço.

“O banco tem um deságio em relação aos pares privados, por conta de ser uma empresa controlada pelo governo. Mas quando analisamos, vemos um ROE perto do Itaú (ITUB4). Olhando para os múltiplos, tem uma diferença grande em relação à média histórica. O Banco do Brasil nunca foi um banco tão rentável quanto hoje”, explica.

Desempenho anual das ações do Banco do Brasil

Cotação BBAS3

Gráfico gerado em: 11/03/2024
1 Ano

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Vinícius Alves

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