Grana na conta

B3 (B3SA3): lucro cai 7,1% no balanço do 1T24, para R$ 1,13 bilhão

A B3 (B3SA3) anunciou seu balanço trimestral referente ao primeiro trimestre de 2024 (1T24), reportando um lucro líquido recorrente de R$ 1,13 bilhão, mas uma alta de 6,9% frente ao quarto trimestre do ano passado.

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O resultado da B3 mostra uma baixa de 7,1% em relação ao mesmo período do ano passado – primeiro trimestre de 2023 (1T23) –, quando o lucro líquido foi de R$ 1,216 bilhão.

O resultado que desconsidera fatores não recorrentes, ou seja, aquele atribuído aos acionistas, mostra um lucro líquido de R$ 949,6 milhões, o que representa um montante 12,8% menor que o reportado um ano antes.

Conforme novo balanço da B3, o Ebitda recorrente totalizou R$ 1,573 bilhão no 1T24, associado ao lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações. Essa quantia é 3% mais baixa que a observada no 1T23.

Com isso, a margem Ebtida também apresentou uma queda anual, chegando em 71,3%, com recuo de 2,1 pontos percentuais (p.p.).

O segmento listado, a maior contribuição para as receitas, que representaram 56,7% do total, registrou R$ 1,398 bilhão, queda de 9,1% em 12 meses.

No mercado de balcão, as receitas da B3 cresceram 13,2% em 12 meses para R$ 395,8 milhões, representando 16% do total.

Em tecnologia, dados e serviços, as receitas subiram 10,5% para R$ 509,8 milhões (20,7% do total). As receitas com infraestrutura para financiamento subiram 33,7% para R$ 148 milhões (6% do total), explicado principalmente pelas receitas provenientes da plataforma desenvolvida pela B3 para o programa Desenrola, além do crescimento de 21,4% no número de veículos financiados.

Receita e endividamento da B3

No 1T24 da B3 a empresa apresentou um aumento anual de 0,5% em seu faturamento líquido. Assim, as receitas do período totalizaram R$ 2,221 bilhões. Por outro lado, as despesas também cresceram, já que a soma foi de 8,8% maior, alcançando R$ 927,1 milhões.

O balanço trimestral da B3 destaca que o ADTV em ações à vista registrou uma baixa de 6,4% no 1T24, totalizando R$ 23,582 bilhões. O saldo na depositária de renda variável teve alta de 15,9%, em razão do crescimento do valor de mercado das companhias.

Durante esse mesmo período de comparação, o resultado financeiro registrou uma queda de 68,1%, considerando o lucro de R$ 45,4 milhões do 1T24 e o prejuízo observado no 1T23.

O endividamento bruto da B3 somava R$ 14,1 bilhões até o encerramento do primeiro trimestre de 2024. O montante representa cerca de 2,2 vezes o seu Ebtida recorrente registrado no intervalo de 1 ano. Desse total de endividamento, 17% se referem a dívidas de curto prazo, enquanto a dívida de longo prazo tem uma representação de 83%.

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João Vitor Jacintho

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