Azion: com clientes como a Magazine Luiza (MGLU3), startup aposta no edge computing; entenda

Não é novidade para ninguém que os serviços de nuvem e afins têm sido um grande propulso de negócios de tecnologia – especialmente de startups. Com redução de custo operacional, as ferramentas conseguem suprir demandas que usualmente tomariam mais tempo e dinheiro. Em uma aposta ainda mais ambiciosa, a Azion pretende dar um passo à frente.

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Startup de edge computing – um novo paradigma de computação no qual os dados da IoT (sigla em inglês para Internet das Coisas) são processados perifericamente em relação à rede (cloud edge) -, a Azion quer dar mais performance e eficiência às companhias brasileiras.

A empresa já atendeu gigantes como a Magazine Luiza (MGLU3), Sky, Samsung, Coca Cola e Calvin Klein.

“O primeiro motivo para adotarmos essa estratégia é porque o edge é mais simples. O segundo é a performance, afinal é mais rápido rodar em edge. Um terceiro é aplicação: ao usar um padrão de componentes de zerotrust, que é a segurança de mais alto nível, o serviço de nuvem sempre tem complicações”, afirma o CEO da Azion, Rafael Umann, em entrevista ao Suno Notícias.

A principal missão da companhia, segundo o executivo, é globalizá-la. A tese é de que uma economia ‘hiperconectada’ e ‘hiperglobalizada’ necessitará cada vez mais de companhias que forneçam soluções análogas.

Em relação ao serviço de nuvem, o Edge Computing fornece soluções com Padrões Abertos, Centrado em Segurança, com Compliance Local e operação Distribuída.

Foto: Reprodução/Azion
Foto: Reprodução/Azion

“Possibilitamos novas tecnologias e casos de uso para aplicações, segurança, rede, streaming de vídeo e games, IA, IoT, 5G”, diz o site da companhia.

Atualmente, mais de 100 mil lojas online operam com a companhia e cerca de 20 milhões de alunos estão contemplados com as soluções da empresa.

Recentemente a Azion foi considerada “a melhor opção para empresas que exigem desempenho global no edge” no The Forrester New WaveTM: Edge Development Platforms.

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Internacionalização da Azion

A empresa já teve um crescimento expansivo na pandemia, surfando a onda de alta das ‘techs’ com a digitalização acelerada no período.

“Em 2020, nos três primeiros meses de pandemia o negócio triplicou em três meses. Quem fazia mal tinha que fazer bem o digital. Todos os segmentos foram forçados a se digitalizar e isso impulsionou a captação, que era planejada para 2021. Eu tenho que acelerar a captação. Se formos ver o histórico, temos muita gente em P&D. Adicionamos 250 pessoas nesse último ano. Tivemos um foco em vendas e marketing. Crescem 75% ano passado, queremos 100% neste”, afirma Umann.

Segundo o CEO, ‘o P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) sempre foi uma prioridade’, o que possibilitou a empresa catapultar seus resultados.

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Atualmente a companhia tem foco em execução e na entrega em relação às concorrentes internacionais – que no segmento de edge são as únicas.

“Somos estruturados para executar- é o nosso diferencial -, competimos só com empresas americanas. Não podemos oferecer uma solução pior do que os EUA. Isso sempre foi um’ gás’ aqui na Azion, para fazer tudo muito bem feito. Gerou uma empresa bem robusta. A companhia tem várias opções de captação, mesmo com nota conversível e emissão de dívida”, afirma.

A ideia é que, com o crescimento, a Azion busque aquisições estratégicas que a posicione de forma global e avance na internacionalização.

A oferta pública de ações (IPO) é um dos caminhos visados, mas ainda depende da condução e do crescimento da empresa – apesar de ser um caminho ‘natural’, dado o crescimento da startup, segundo o CEO. Isso, da mesma forma, depende da capitalização da empresa.

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Na mira dos investidores

Ainda no fim de 2020 a empresa teve uma rodada de investimentos com grandes players como Monashees e Qualcomm Ventures. O valor do aporte não foi divulgado pela companhia.

Ainda assim, a ideia é que seja investido mais capital em P&D e na estruturação de um projeto de vendas global.

“Tudo o que fazemos nós ‘construímos’ aqui em casa. Já investimos R$ 40 milhões nesses últimos dois anos anos. Teremos cerca de R$ 30 milhões ao ano em P&D. Queremos dobrar isso para uma cifra de R$ 60 milhões nos próximos anos”, relata o CEO da Azion.

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Eduardo Vargas

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