Selic: o que esperar da reunião do Copom e como ela pode afetar seus investimentos

O Conselho de Política Monetária (Copom) se reúne nesta semana, de terça a quarta-feira (2), e deve anunciar um novo aumento para a taxa Selic, em linha com as expectativas do mercado após o comunicado da última reunião, em dezembro do ano passado, ter antecipado a medida.

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De acordo com o Boletim Focus mais recente, elaborado pelo Banco Central a partir das expectativas dos agentes do mercado financeiro, investidores projetam uma alta de 1,5 ponto percentual nesta reunião, o que elevaria o valor da taxa básica de juros dos atuais 9,25% ao ano para 10,75% a.a..

Entretanto, a fim de conter o aumento médio dos preços,  a alta do juro não deve parar por ai. Segundo o levantamento, a taxa deve encerrar 2022 a 11,75% a.a., acréscimo de 1,0 p.p. ao resultado previsto para esta reunião e avanço de 0,25 p.p. em relação à projeção há duas semanas.

Neste cenário, o IPCA, índice oficial da inflação, deve encerrar o ano em 5,15%, acima da meta fixada pelo Banco Central em 5,00% para este ano.

Entre outros, o aperto monetário promovido pela alta do juros deve desacelerar a atividade econômica brasileira, fortalecer o real em relação aos pares e valorizar o rendimento de aplicações em renda fixa, como títulos públicos federais, para a alegria dos rentistas e tristeza dos endividados.

Por isso, o Suno Notícias conversou com especialistas e separou os principais pontos que os investidores devem ficar de olho com a nova decisão do Copom.

Como a Selic mais alta impacta os investimentos

A economista-chefe do Banco Inter (BIDI11), Rafaela Vitória, destaca que, apesar de o ciclo de alta do juro favorecer os investimentos em renda fixa, este não é um cenário que deve durar muito tempo – e o investidor brasileiro deve ficar atento a isso.

“Da mesma forma que o investidor via a Selic a 2% a.a. e achava que aquele era um cenário para sempre, o investidor hoje tende a ver essa Selic a 11% a.a. ou 12% a.a. e achar que esse é um cenário normal, para sempre, e não é”, disse ao Suno Notícias. “Essa é uma Selic de curto prazo.”

Segundo a economista, uma taxa Selic de equilíbrio no Brasil está mais próxima aos 6% a.a., com a inflação convergindo a 3%. “Para o longo prazo, uma alocação em Bolsa ainda é muito importante para a carteira do investidor a fim de agregar retorno”.

Conforme defende, o investidor deve encarar que este é um momento passageiro e o aumento dos juros não é um indicativo de uma nova taxa de remuneração da renda fixa no Brasil.

“O governo não consegue remunerar por 50 anos um investidor com estas taxas. O País quebra. Se toda dívida for corrigida a esta taxa, o esforço fiscal que o Brasil precisa fazer é tão grande que é praticamente impossível”, afirmou a especialista.

Ricardo Tadeu Martins, economista-chefe da Planner, avalia que o grande risco para a renda variável hoje é o cenário político de incerteza, a exemplo de medidas recentes que distorceram fundamentos econômicos elaborados em governos passados, como os de Fernando Henrique Cardoso, em que se buscava o ajuste das contas públicas e de superávit primário.

Neste cenário, em comparação com outros emergentes e mercados internacionais, Martins avalia o desempenho da Bolsa de Valores ficou “muito ruim” em 2021 e surpreendeu investidores novatos.

“O mundo tem ainda uma liquidez muito grande, e essa liquidez busca retorno. A partir do momento em que se vê que o mercado americano vai desacelerar e que pode ocorrer um movimento de aversão ao risco – ou de flight to quality -, o hot money (recursos que movem agilmente entre mercados) costuma aparecer muito rapidamente neste momento”, afirmou ao Suno Notícias apontando para uma possível valorização dos ativos brasileiros.

“Internamente no Brasil, nós sempre tivemos esse carry trade muito atraente no passado e voltamos a ter, então imagino que a gente está tendo uma recuperação de Bolsa. Mas, a partir do momento em que tivermos sacramentado esse aumento de taxa de juros, a gente pode ter uma saída em direção à renda fixa.”

Para Martins, esse movimento reflete uma busca “oportunista”, e defende que no futuro deve haver um movimento de volta, uma vez que o mercado brasileiro de renda variável tem taxas boas que apoiam o fluxo de volta.

Arley Matos da Silva Junior, advisory de Investimentos do banco Santander (SANB11), avalia que o reajuste da taxa Selic deve projetar os títulos de renda fixa pós-fixados a um nível atrativo de investimento.

“Nossa sugestão nas Carteiras Modelo de janeiro para a parcela de liquidez da carteira são Certificados de Depósito Bancários (CDBs) DI, Fundos DI ou o título público Tesouro Selic. Já para a fatia da reserva financeira em que o investidor pode abrir mão da liquidez, a sugestão são LCIs e LCAs. As letras são isentas de Imposto de Renda para pessoa física, o que torna sua rentabilidade mais interessante”, afirmou ao Suno Notícias.

O especialista, entretanto, reforça que a Renda Fixa é apenas uma das estratégias de uma carteira de investimento para “buscar rentabilidades diferenciadas com risco equilibrado por perfil”.

Étore Sanches, economista-chefe da Ativa Investimentos defende que a mudança tornará a renda fixa mais atraente ao passo que o juro sobe, visto que um dos canais de transmissão da política monetária é exatamente o incentivo à postergação do consumo. “Vale pontuar que o encarecimento do crédito é uma outra medida que incentiva as pessoas a pouparem recursos em vez de se alavancarem”, destacou.

Para Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos, avalia que o reajuste em si não deve afetar a precificação dos ativos brasileiros, mas o comunicado e a ata da reunião, divulgada uma semana depois do encontro, são os fatores que devem fazer preço.

“[É importante saber] se de fato os dados mais salgados de inflação – como o IPCA-15 – vão fazer com que o Banco Central acelere as altas, com mais uma alta de 1,5 p.p. ou além disso”, afirmou ao Suno Notícias. “Aí a gente pode ver um aumento dos juros, que eleva o custo de financiamento e de capital ao longo de toda a curva, com efeitos contracionistas na economia”.

Abner Gonçalves, líder de Produtos e Alocação da Blue3, avalia que já houve uma migração muito forte dos ativos de risco em direção à renda fixa, em especial por causa da atratividade dos rendimentos com o aumento da taxa de juros.

“Como a gente tem essa expectativa de que a Selic continue aumentando, mesmo com os possíveis cortes no fim do ano, a renda fixa continua sendo muito atrativa”, disse. Gonçalves destaca os títulos atrelados à inflação, com “prêmios muito bons”, e os títulos pré-fixados.

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A Selic para a atividade econômica

Sobre as perspectivas para este ano, Rafaela Vitória avalia que houve mudanças importantes no contexto monetário brasileiro, tanto em matéria de política monetária quanto em política fiscal.

“Na política monetária esse ajuste foi mais claro, com a alta da Selic que a gente acompanha desde março do ano passado e é muito significativa se a gente comparar com o nosso histórico de outros ciclos de alta. Esse é sem dúvida o mais forte de todos”, disse. “É um patamar de fim de ciclo muito alto para uma taxa de juros real em território contracionista.”

Segundo a economista, o Copom “não deve arriscar perder a meta da inflação deste ano de novo”.

“Por outro lado, há uma surpresa fiscal – que muita gente não considerou e não põe na conta – que é um fiscal contracionista”, completa. De acordo com a economista, o governo irá mostrar um superávit primário – diferença positiva entre os gastos e as receitas do governo – pela primeira vez desde 2014. Em comparação com o ano anterior o País sai de um déficit de 9,0%, em 2020, para um superávit de 0,5%, em 2021.

“É um reajuste fiscal de magnitude bastante significativo”, avalia. “Apesar do todo o ruído, os gastos vêm de maneira bem controlada”, completou. Como destaca Vitória, com o corte de gastos do governo, há menos recursos em circulação e isto contribui para enxugar a liquidez do mercado brasileiro e controlar o avanço de preços a despeito da atividade econômica.

Neste cenário, a inflação deve convergir abaixo da meta e com isso aliviar a pressão para os reajustes sequentes na Selic, defende.

Martins, da Planner, defende que 2022 será um ano de ajustes econômicos, de olho em uma retomada para 2023, mas pondera que há riscos de desancoragem da inflação e um ano duro à frente.

“O ‘golpe’ na economia será forte. Caso a Selic atinja a nossa projeção de 12,25% em 2022, isso seria muito forte para uma economia como o Brasil, que tinha uma expectativa de juros baixa”, afirmou ao Suno Notícias. “A gente acredita que irá impactar muito fortemente a economia.”

A perspectiva é de que a inflação acelere em relação à 2021, mas ainda assim há fatores que preocupam. Entre as ressalvas para este cenário, o economista alerta para os riscos de que, a exemplo do período recente, o aumento do juro não serviria para combater a alta de preços que vem de fora, por meio do câmbio ou do mercado das commodities.

Outro ponto é a preocupação fiscal que segue no radar em ano eleitoral. “A gente acredita que, infelizmente, o teto de gastos vai perder feio para as novas equipes econômicas que possam vir a assumir”, afirmou sobre perspectivas para 2023 com base nas declarações dos dois candidatos que estão à frente nas pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro.

Por outro lado, o custo da energia elétrica deve arrefecer, com possibilidade de uma tarifa residual a fim de cobrir o prejuízo do setor durante crise hídrica em 2021.

Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research, destaca que a principal incerteza no horizonte do Banco Central é o risco fiscal.

“Pelo lado dos preços, ainda há desafios no combate à inflação. Reajustes nos preços dos combustíveis e dos alimentos, passagens de transporte público são fatores que acentuam a escalada de preços. Além disso, a retomada dos serviços, a correção de salários e a melhora do mercado de trabalho podem exercer alguma pressão”, destaca em relatório.

Sung, entretanto destaca que a autoridade monetária deve evitar um “overkill”, ou seja, pesar a mão além do que deveria no aperto monetário. “O receio é jogar a Selic a um patamar que reduza, em muito, a atividade econômica, levando a inflação para abaixo da meta nos próximos anos.”

Já Fábio Maeda, diretor de Controle e Risco do Banco da Amazônia, disse ao Suno Notícias que a alta de juros “irá impactar de forma significativa a recuperação da economia afetando as decisões de investimentos das empresas e naturalmente de consumo das pessoas”, uma vez que há perspectiva de menor lucro em detrimento de ônus maiores de juros de endividamento.

“Os investimentos em renda fixa voltam a ser atrativos numa perspectiva de juros altos e crescimento econômico baixo, tendo em vista adicionalmente o ano eleitoral que deve trazer alta volatilidade aos investimentos em renda variável”, disse o especialista.

Para Mauricio Oreng, superintendente de Pesquisa Macroeconômica do Santander, a previsão é de “uma desaceleração da atividade econômica no segundo semestre deste ano, principalmente em função dos efeitos defasados do aperto da política monetária e da piora das condições financeiras”.

“Esperamos, no entanto, que esses fatores no segundo semestre não ofusquem, integralmente, um primeiro semestre positivo. Desta forma, projetamos crescimento de 0,7% do PIB no ano de 2022”, completou.

André Kitahara, portfolio manager Macro da gestora AZ Quest, reforça que o ano de 2022 será marcado pelo ciclo político, com as eleições a presidente, e também pelo combate à inflação.

“Do lado eleitoral, o que se pode afirmar é que a incerteza será grande. Do lado do combate à inflação, acredito que teremos um ano de juros nominais e reais elevados”, afirmou. Para Kitahara, ainda que a inflação dê trégua ao longo do ano, os impactos na atividade econômica serão sentidos, sinalizados por um PIB próximo a zero.

“Com isso em mente, o mercado de renda fixa apresentará bons retornos em 2022. Acredito que o processo de alta de juro se encerrará em breve”, disse. “O Real também se beneficiará desse período em que os juros ainda serão altos e a inflação cadente. Para a bolsa acredito que o cenário estará um pouco mais desafiador, uma vez que o juro alto e o baixo crescimento serão ameaças ao bom desempenho da bolsa”, completou o especialista.

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Perspectivas para o ciclo de alta dos juros

A mediana das projeções colhidas pelo Suno Notícias coloca a magnitude do novo aperto monetário em 1,5 ponto percentual, ainda que o compasso do aperto não seja consensual.

O Itaú Unibanco (ITUB4), em relatório aos clientes, avalia que o Copom deve elevar a taxa em 1,5 p.p. na reunião desta semana, para o nível de 10,75% a.a.. A instituição acredita que haverá nova elevação da taxa básica de juros na reunião seguinte, em março, finalizando o ciclo de alta de juros a 11,75% a.a. – podendo ser maior, com possibilidade de redução ainda em 2022. Para 2023, o banco espera que a Selic encerre a 8,0% a.a..

“Apesar desse cenário nos parecer claramente o mais provável, a olhos de hoje, é importante notar que forças opostas atuarão sobre as perspectivas para a política monetária durante este ano”, diz o relatório. Entre os elementos que contribuem para uma postura restritiva estão a inflação, que seguirá pressionada, e um balanço de riscos altista para o IPCA. Por outro lado, a perda de dinamismo da economia deve se acentuar ao longo do ano.

Ao Suno Notícias, o Departamento Econômico do Santander (SANB11) disse que espera um aumento de 1,5 p.p. nesta reunião e mais 1,5 p.p. na próxima, elevando a taxa básica de juros a 12,25% a.a., nível que deve se manter até o fim de 2022.

“Antecipamos uma composição mais desfavorável para a inflação este ano, com itens mais ligados aos núcleos de inflação ainda acelerando, e itens mais voláteis (em teoria, menos importantes para a política monetária) perdendo força”, projeta.

Em relatório, o Banco Inter (BIDI11) avalia que, “apesar de acreditar que o fim do ciclo da Selic poderia já ser em fevereiro e em menor patamar”, o BC deve seguir com o plano de elevar novamente em 1,5 p.p. em fevereiro e em 0,5 p.p. em março, encerrando o ciclo a 11,25% a.a..

“A inflação já dá sinais de desaceleração, e a defasagem da política monetária ainda vai gerar forte impacto na atividade nos próximos meses. Novas altas poderiam aguardar uma eventual reversão desse cenário, ou devido à piora no cenário externo ou nova crise política fiscal que impactasse a taxa de cambio.”

Já o Banco da Amazônia discorda das projeções dos pares e mantém um cenário menos duro. Segundo resposta ao Suno Notícias, “a expectativa do Banco da Amazônia é de que a autoridade monetária aumentará a Selic em 1,0 p.p na próxima reunião do Copom, ou seja, diminuirá um pouco a intensidade do ajuste em relação à decisão anterior”.

O banco estima que o conselho seguirá com dois ajustes de 1,0 p.p. em fevereiro e março e outro menor, de 0,5 p.p., em maio, elevando a taxa ao ápice de 11,75%. O cenário, contudo, deve se relaxar a partir de então e a Selic fecharia o ano a 10,75%.

Para o Banco Votorantim, o aumento nesta reunião em 1,5 p.p. deve ser seguido de outro, em março, de 1,0 p.p. elevando a taxa a 11,75%. “Esperamos que a taxa termine o ano em 11,75%, embora uma evolução favorável da inflação possa fazer com que o BC antecipe o corte de juros para o segundo semestre deste ano”, destacou Carlos Lopes, economista do BV.

Para o BNP Paribas, o Copom deve elevar a Selic em 1,5 p.p. neste mês e em 1,25 p.p. no próximo, encerrando o ciclo de alta a 12% a.a., patamar que deve se manter pelo menos até o fim de 2022.

“Esperamos que o Banco Central só reduzirá a taxa em 2023  e, quando começar a cortá-las, deverá ser cuidadoso”, avalia. “Os riscos têm tendência altista, sem que a inflação e a expectativa de inflação deem qualquer conforto ao Banco Central pelo menos até o último trimestre de 2022.”

O Bank of America estima que a reunião desta semana deve sacramentar mais um aumento de 1,5 p.p. e outro, de 0,5 p.p. em março, elevando a taxa a 11,25%, com riscos altistas, entre eles a questão fiscal e as eleições presidenciais.

“Esperamos que o Banco Central não irá se comprometer com mais um aumento de 1,5 p.p. na próxima reunião em março”, afirma. “Na reunião seguinte, em maio, esperamos que a taxa de inflação anual esteja em declínio consistente e a atividade econômica fraca. Além disso, esperamos também a normalização das bandeiras de energia. o que daria alívio ao aumento dos preços”, destaca o BofA.

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A Suno Research estima um ajuste de 1,5 p.p. nesta reunião, com o fim do ciclo de alta entre março e maio, no intervalo entre o mínimo de 17,75% a.a. e 12,75% a.a.. Para a casa de análise, a depender do cenário econômico pós-eleições, é possível uma redução marginal da Selic no fim do ano.

A Planner avalia que haverá dois aumentos da Selic, de 1,5 p.p. cada, em fevereiro e março. O nível deve se manter durante o ano todo, encerrando 2022 em 12,25%.

A Garde Asset Management estima que haverá aumento da Selic em 1,5 p.p. nesta reunião e 1,0 p.p. na próxima. O ciclo de alta se encerraria a 11,75% após a reunião de março e a taxa encerraria 2022 a 11,0% a.a.. Nesse cenário, a inflação seria de 6% a.a., segundo o IPCA.

A Ativa Investimentos avalia que o Copom deve anunciar novo ajuste de 1,5 p.p. em fevereiro e outro de 1,5 p.p. em março, elevando o índice a 12,25% a.a., nível que deve se manter durante 2022. A corretora prevê que a taxa de inflação deve ficar em 4,9% a.a. em 2022, arrefecendo em 2023 a 3,0% a.a..

Para a Guide Investimentos, haverá um ajuste de 1,5 p.p. em fevereiro. A taxa deve encerrar o ciclo de alta a 12,25% a.a. e encerrar o ano de 2022 próximo ao nível de 12,00% a.a..

Para a Blue3, a Selic será reajustada em 1,5 p.p. nesta reunião e subirá a 12,25% a.a. no pico, encerrando o ano em taxa menor: a 10,50% a.a..

A AZ Quest projeta uma alta de 1,5 p.p. em fevereiro e mais 1,25 p.p. nas reuniões seguintes, levando a Selic a 12% a.a., nível que deve ser mantido até o fim do ano.

O Paraná Banco Investimentos projeta alta de 1,5 p.p. nesta reunião e fim do ciclo a 12,25% a.a.. Para o diretor de Investimentos do Paraná Banco, André Malucelli, o ajuste não será suficiente para que o índice oficial de inflação estoure a meta do Banco Central de 5,25% a.a. e termine o ano a 7,5% a.a..

Resumindo!

Hoje o mercado é unânime em dizer que haverá aumento da taxa básica de juros: as instituições, em sua maioria, estimam alta de 1,5 p.p., enquanto o Banco da Amazônia defende aumento de 1,0 p.p.

Na maioria, os agentes do mercado avaliam que o fim de ciclo deve acontecer em março, com alguns que projetam aumentos residuais para a reunião de maio. No pico, o mercado estima que a Selic fique entre 11,75% a.a. e 12,25% a.a..  A mediana dos palpites ficou em 11,75% a.a. e a média em 11,66% a.a..

Entre os especialistas também prevaleceu a opinião de que não deve haver uma redução da Selic neste ano.

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Pedro Caramuru

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