Arrecadação federal sobe 17,36% e soma R$ 1,87 tri, maior volume desde 1995

A Receita Federal informou nesta terça-feira (25) que a arrecadação de impostos, contribuições e demais receitas federais atingiu R$ 1,878 trilhão no ano de 2021, o maior volume na série iniciada em 1995.

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O montante representa um crescimento real, ou seja, já descontada a inflação, de 17,36% na comparação com os R$ 1,479 trilhão de 2020, ano que ficou marcado pelo começo da pandemia de covid-19 e seus efeitos recessivos na economia.

De acordo com a projeção do Broadcast, o resultado das receitas em 2021 veio dentro do intervalo de expectativas. A estimativa ia entre R$ 1,855 trilhão a R$ 1,915 trilhão. As instituições ouvidas pelo jornal majoritariamente previam R$ 1,877 trilhão.

Aceleração da arrecadação federal

Após alguns meses com menos força, a arrecadação federal começou a acelerar novamente em dezembro e somou R$ 193,902 bilhões. O resultado representa um aumento real de 10,76% na comparação com o mesmo mês de 2020. Em relação a novembro, houve alta real de 22,34% no recolhimento de impostos.

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Além disso, o valor arrecadado no mês passado também foi o maior para meses de dezembro na série histórica da Receita Federal. O resultado do mês também atendeu as expectativas das instituições ouvidas pelo Broadcast, que ia de R$ 171,070 bilhões a R$ 195,000 bilhões, com mediana de R$ 192,000 bilhões.

A Receita Federal destacou o recolhimento extraordinário de R$ 40 bilhões em Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) em 2021. Por outro lado, o fisco destacou o crescimento de 14,41% das compensações tributárias no ano passado, chegando a R$ 216,3 bilhões, ante R$ 189,1 bilhões de 2020.

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As desonerações concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 93,746 bilhões em 2021, valor menor do que em 2020, quando ficaram em R$ 101,741 bilhões. Apenas no mês de dezembro, as desonerações totalizaram R$ 9,470 bilhões, acima do registrado no mesmo mês de 2020 (R$ 8,780 bilhões).

Receita abre consulta a lote residual de restituições do Imposto de Renda

Mais de 240 mil contribuintes que caíram na malha fina nos últimos anos, por inconsistências nas declarações do Imposto de Renda (IR), mas que acertaram as pendências com a Receita, poderão consultar, a partir das 9h desta segunda-feira(24), lote residual de restituições do IR Pessoa Física (IRPF).

O pagamento das restituições será depositado diretamente na conta bancária informada na Declaração do Imposto de Renda. A soma dos valores restituídos é superior a R$ 281 milhões. Desse total, mais de R$ 96 milhões serão pagos a 43.306 contribuintes que têm prioridade legal – idosos acima de 60 anos, pessoas com alguma deficiência física, mental ou moléstia grave e contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério.

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Foram contemplados também 197.438 contribuintes não prioritários que entregaram a declaração até o dia 16 de janeiro deste ano.

Para consultar, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet, clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, em “Consultar a Restituição“. Se identificar alguma pendência na declaração, pode retificá-la, corrigindo as informações que estejam erradas.

Receita Federal disponibiliza ainda aplicativo para tablets e smartphones, que possibilita consultar informações sobre liberação das restituições do IRPF e situação cadastral de inscrição no CPF.

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Victória Anhesini

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