Fundos de private equity que investem na China sofrem perda de 89% em captação

Na China, a arrecadação de empresas de private equity que investem no país praticamente secou. Os dias de lucros altos e fáceis também acabaram. As empresas chinesas estão encontrando cada vez mais dificuldade para abrir o capital em Hong Kong e nos Estados Unidos, limitando as estratégias de saída de muitos fundos de private equity.

Os retornos dos fundos chineses nos últimos dois anos também decepcionaram os investidores.

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Os fundos de private equity baseados em dólares que têm pelo menos metade de seu capital investido na China levantaram apenas US$ 1,4 bilhão no primeiro semestre de 2023, uma queda de cerca de 89% em relação ao ano passado, segundo dados da Preqin. A captação global de fundos de private equity caiu cerca de 15% no mesmo período.

O rápido aumento das taxas de juros nos EUA, desde o ano passado, criou dores de cabeça para empresas de private equity em todo o mundo. Isso pôs fim a mais de uma década de dinheiro barato e baixos retornos do mercado de títulos, que tornaram o private equity e o capital de risco ainda mais atraentes para os investidores.

As empresas de private equity que investem principalmente na China enfrentam uma série de outros obstáculos, incluindo a vagarosa recuperação econômica do país, uma queda nas avaliações do mercado de ações e uma crescente relutância entre os investidores internacionais em alocar dinheiro em ativos chineses.

O governo Biden está preparando uma ordem executiva para restringir o investimento de capital de risco e private equity na China e em outros países, informou o Wall Street Journal anteriormente.

China mostra inflação estável, abaixo do esperado

No mês de julho, o índice de preços ao consumidor (CPI) da China se estabilizou na comparação anual de junho, enquanto o de inflação ao produtor (PPI) teve deflação mais acentuada, segundo dados oficiais.

Pesquisa do escritório de estatísticas chinês, conhecido como NBS, mostra que o CPI da segunda maior economia do mundo ficou estável em junho ante igual mês do ano passado, desacelerando após avançar 0,2% no confronto anual de maio.

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O resultado de junho ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam alta de 0,2%.

Já o PPI da China teve queda anual de 5,4% em junho, bem maior do que o declínio de 4,6% de maio. A leitura de junho, a mais fraca desde dezembro de 2015, ficou abaixo do consenso no levantamento do WSJ, que era de recuo de 5%.

Em relação a maio, o CPI da China diminuiu 0,2% em junho, enquanto o PPI caiu 0,8%.

Yellen defende redução de tensões com China

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, afirmou que o país deve procurar maneiras de diminuir as tensões com a China, mas ainda considera prematuro eliminar as tarifas impostas pelo governo do ex-presidente Donald Trump.

Yellen deu uma entrevista coletiva à imprensa em Gandhinagar, na Índia, onde se reuniu com ministros das finanças do G20 para discutir os desafios econômicos globais.

“Seria útil procurar maneiras de diminuir a escalada (da tensão com a China) ao longo do tempo”, disse. “Talvez, com o tempo, esta seja uma área em que podemos fazer progressos, mas diria que é prematuro usar esse recurso (tarifas) como um alívio, pelo menos por enquanto”.

Com Estadão Conteúdo e Dow Jones Newswires

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Vinícius Alves

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