Apetite do investidor brasileiro por ações chega a recorde, mostra pesquisa da XP

Segundo a pesquisa mais recente da XP Investimentos, o apetite do investidor brasileiro pelo investimento em ações aumentou consideravelmente neste início de 2024.

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Os dados levantados pela XP junto a assessores de investimento mostram que houve um aumento de 58% para 65% dos assessores indicando que seus clientes planejam aumentar a exposição em ações da bolsa brasileira.

“Apenas 3% disseram que seus clientes agora planejam diminuir sua alocação em ações. Somando os clientes que querem aumentar a exposição à Bolsa com os clientes que planejam mantê-la alcançou 97% esse mês”, diz o relatório elaborado por Jennie Li e Fernando Ferreira, estrategistas da XP.

A pesquisa da XP aponta que em janeiro, a maioria (42%) dos assessores indicou que o Ibovespa deverá encerrar 2024 entre 140 mil e 150 mil pontos.

Porcentagem de clientes que querem aumentar exposição a ações nos próximos meses - Foto: Reprodução/XP
Porcentagem de clientes que querem aumentar exposição a ações nos próximos meses – Foto: Reprodução/XP

A média das respostas indicou o índice em 140 mil pontos ao fim do ano, um aumento significativo em relação à média de 130 mil pontos na pesquisa realizada em dezembro.

Os especialistas destacam que os Fundos Imobiliários se mantém como a classe de ativo preferida.

“Seguindo uma melhora no cenário macro, clientes seguem aumentando o apetite por risco, o que reflete na alta preferência pela classe de FIIs, enquanto Renda Fixa permanece em 2° lugar. Quanto a Ações, essa classe segue em 3° lugar, mas tem registrado uma tendência de alta nos últimos meses na porcentagem de assessores que indicaram interesse por parte de clientes”, diz a casa.

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Alocação em ações aumentou, mostra XP

Os dados da pesquisa mostram que, em janeiro, a faixa de 0-25% sofreu um leve declínio (2 p.p. no comparativo mensal) para 76%, mas manteve a tendência de queda nos últimos 3 meses, desde que atingiu 81% em novembro de 2023.

Além disso, a XP chama atenção para o fato de que a proporção de clientes que investem mais de 25% do seu portfólio em ações aumentou levemente, de 22% para 24%.

Juntamente com isso, a XP destaca que o rali dos mercados em dezembro ainda influencia os clientes.

“Depois de um mês marcado pela adoção de um tom mais brando pelo Federal Reserve, banco central americano, levando à uma redução da taxa das Treasuries de 10 anos, e um aumento por apetite por risco global, o sentimento mais otimista com ativos de risco se intensificou entre os investidores”, observa.

“Isso é indicado pelo aumento em 7 p.p. M/M (para 65%) dos assessores que indicaram que seus clientes querem aumentar sua exposição a ações. Enquanto isso, houve uma queda de 7 p.p. M/M nos clientes que não pretendem alterar seus investimentos em bolsa, e um leve aumento de 1 p.p. para 3% dos que querem reduzir sua exposição à classe de ativo”, conclui.

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Eduardo Vargas

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