Ibovespa fecha em alta, ao aos 127 mil pontos, em linha com exterior, e recua na semana; Gol (GOLL4) sobe, Vale (VALE3) cai

O Ibovespa abriu a sessão desta sexta-feira (19) em alta, em movimento de recuperação após as recentes quedas, mas passou ao campo negativo ainda na primeira hora do pregão. O índice fechou em alta de 0,25% aos 127.635 pontos. Na semana o Ibovespa acumula queda de 2,56%.

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Os contratos futuros de petróleo chegaram a oscilar perto da estabilidade durante parte do dia, mas encerraram em queda nesta sexta-feira, 19. Mesmo a existência de motivos para cautela no Oriente Médio não foi suficiente para apoiar os contratos, sem perspectiva de grande impulso do lado da demanda.

O WTI para março fechou em baixa de 0,95% (US$ 0,70), em US$ 73,25 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês caiu 0,68% (US$ 0,54), a US$ 78,56 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na comparação semanal, o WTI subiu 0,78% e o Brent teve alta de 0,34%.

A Petrobras acompanhou e fechou em queda: Petrobras ON (PETR3) cedeu 0,07% a R$ 38,95 e Petrobras PN (PETR4) caiu 0,53% a R$ 37,53.

A Vale (VALE3) caiu 1,30% a R$ 68,10, após o minério de ferro ter fechado com forte alta nesta madrugada em Dalian, na China.

Entre as maiores altas da sessão estão a Gol (GOLL4), +7,23% a R$ 7,12.

Mercado em NY

As bolsas de Nova York abriram a sessão desta sexta-feira em alta, com os investidores voltando a demonstrar apetite pelo risco.

Confira o desempenho do mercado em NY no fechamento:

  • Dow Jones: +1,05% a 37.863 pontos
  • S&P500: +1,23% a 4.839 pontos
  • Nasdaq: +1,70% a 15.310 pontos

No radar dos investidores

Em dia de agenda vazia no Brasil, o destaque fica por conta do IBC-Br, considerado uma “prévia do PIB“, que subiu 0,01% em novembro, abaixo do consenso de 0,10%, mas acima do dado anterior, que registrou recuo de 0,06%.

O mercado também deve repercutir as falas de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, que afirmou que o governo vai reeditar a MP a fim de prorrogar a desoneração da folha de pagamento.

Maiores altas e baixas do Ibovespa

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Cotação do dólar

A cotação do dólar zerou as perdas e opera estável a R$ 4,9282.

O dólar recua sob influência do apetite por risco no exterior em meio ao recuo da moeda americana e dos juros dos Treasuries longos, depois de acumularem alta ao longo da semana por sinais de que os bancos centrais de países desenvolvidos levarão mais tempo do que o mercado espera para afrouxar a política monetária.

Bolsas asiáticas fecham mistas com chips no radar

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta sexta-feira, com ações de chips ainda beneficiadas por resultados e projeções da Taiwan Semiconductor Manufacturing Co (TSMC), a maior empresa do mundo no ramo.

Liderando os ganhos na região, o índice Taiex subiu 2,63% em Taiwan, a 17.681,52 pontos, com salto de 6,46% da TSMC, que ontem divulgou lucro trimestral maior do que o esperado e projetou forte avanço na receita deste ano, impulsionando empresas do setor na Ásia, assim como nos EUA e na Europa.

O “efeito TSMC” teve continuidade hoje. O japonês Nikkei subiu 1,40% em Tóquio, a 35.963,27 pontos, com ganhos de até mais de 8% dos papéis de semicondutores e outros eletrônicos. Em Seul, chips também impulsionaram o Kospi, que avançou 1,34%, a 2.472,74 pontos. Apenas a Samsung Electronics, empresa de maior peso no índice sul-coreano, teve alta de 4,2%.

Na China continental, por outro lado, os mercados ficaram no vermelho após a mídia noticiar que uma grande corretora suspendeu vendas de ações a descoberto para alguns clientes, segundo a chefe de pesquisa de varejo do Maybank, Sonija Li. O Xangai Composto recuou 0,47%, a 2.832,28 pontos, acumulando perdas de 1,7% na semana, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve queda de 0,93%, a 1.686,58 pontos.

O tom foi negativo hoje também em Hong Kong, onde o Hang Seng caiu 0,54%, a 15.308,69 pontos, pressionado por ações de tecnologia e da indústria farmacêutica. Na semana, o Hang Seng sofreu um tombo de 5,8%.

Na Oceania, a bolsa australiana teve bom desempenho, interrompendo uma sequência de cinco pregões de perdas. O S&P/ASX 200 avançou 1,02% em Sydney, a 7.421,20 pontos. Ao longo da semana, no entanto, o índice registrou baixa de 1%.

Europa avança com inflação na Alemanha

As bolsas europeias operam majoritariamente em alta na manhã desta sexta-feira, ampliando ganhos do pregão anterior, mas o saldo da semana tende a ser negativo em meio a incertezas sobre a perspectiva dos juros globais.

Confira o desempenho dos índices por volta das 10h30:

Londres (FTSE100): +0,34% a 7.484 pontos
Frankfurt (DAX): +0,18% a 16.597 pontos
Paris (CAC 40): -0,01% a 7.400 pontos
Madrid (Ibex 35): +0,10% a 9.890 pontos
Europa (Stoxx 50): +0,20% a 4.462 pontos

Nos últimos dias, comentários de autoridades do Banco Central Europeu (BCE) esfriaram expectativas de um possível corte de juros na zona de euro ainda neste semestre. Já a presidente do BCE, Christine Lagarde, sinalizou que a primeira redução provavelmente virá durante o verão europeu.

Nesta semana, também surgiram dúvidas sobre eventuais cortes de juros no Reino Unido, após dados de inflação ao consumidor (CPI) britânico superarem as expectativas, e também sobre o momento em que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) poderá começar a reduzir seus juros. A hipótese de que o primeiro corte nos EUA virá em março ainda é majoritária, mas por uma pequena margem, segundo ferramenta de monitoramento do CME Group.

No noticiário macroeconômico de hoje, as vendas no varejo do Reino Unido apresentaram queda mensal de 3,2% em dezembro, bem maior do que se previa, enquanto a inflação ao produtor (PPI) da Alemanha caiu em ritmo mais forte do que o esperado, também no mês passado.

*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

Ibovespa na quinta-feira

O Ibovespa encerrou a sessão de ontem (18) em queda de 0,94%, na mínima diária de 127.315,74 pontos.

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Guilherme Serrano Silva

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