Crise da Americanas (AMER3) se agrava e Ambev (ABEV3) nega rombo bilionário: veja as mais lidas da semana

Na quarta-feira (1º), a Ambev (ABEV3) recebeu o título de notícia mais lida da semana após suas ações registrarem fortes quedas. A empresa recebeu – e negou – acusações de um rombo de cerca de R$ 30 bilhões supostamente causado por manobras tributárias. Além disso, a crise na Americanas (AMER3) aumentou e continuou forte no radar.

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Abilio Diniz, um dos homens mais ricos do Brasil e amigo de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, disse que nem o trio de acionistas “deve saber o que está acontecendo” nas contas da Americanas.

Além disso, a varejista disse na Justiça que o BTG Pactual (BPAC11) participou e teve culpa no rombo de R$ 20 bilhões.

Outro tema de destaque foi a notícia sobre os dividendos do fundo imobiliário MXRF11 de R$ 0,11  que serão pagos neste mês.

Despontou ainda entre as mais lidas a notícia sobre os analistas do Goldman Sachs, que rebaixaram a recomendação das ações da Itaúsa (ITSA4) de compra para neutro, vendo um cenário menos atrativo para a companhia neste ano de 2023.

Veja abaixo o resumo das principais notícias da semana. Acesse os links para ler o texto completo. Bom final de semana!

Ambev (ABEV3): Ações despencam após acusação de rombo bilionário; empresa nega

As ações da Ambev (ABEV3) registram fortes quedas no Ibovespa da quarta (1º) após as acusações de um rombo de cerca de R$ 30 bilhões supostamente causado por manobras tributárias. Ao Suno Notícias, a companhia de Jorge Paulo LemannMarcel Telles e Carlos Alberto Sicupira disse que as denúncias “não têm qualquer embasamento”.

“Calculamos todos os nossos créditos tributários estritamente com base na lei. Nossas demonstrações financeiras cumprem com todas as regras regulatórias e contábeis, as quais incluem a transparência do contencioso tributário. A Ambev está entre as 5 maiores pagadores de impostos no Brasil”, complementou a companhia em nota enviada à reportagem.

A denúncia foi revelada pela coluna Radar Econômico, da Veja. Segundo um levantamento feito pela Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), as dívidas da Ambev seriam relacionadas a impostos federais, estaduais e municipais.

De acordo com a publicação, a Ambev teria inflacionado o preço de itens necessários para a produção de refrigerantes e que são passíveis de isenção e geração de créditos fiscais na Zona Franca de Manaus. Dessa forma, a empresa acumularia mais créditos tributários do que os quais teria direito.

Abilio Diniz: “Nem o trio da Americanas (AMER3) deve saber o que está acontecendo”

Abilio Diniz, um dos homens mais ricos do Brasil e amigo de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, disse que nem o trio “deve saber o que está acontecendo” nas contas da Americanas (AMER3). Na visão do empresário, o caso da varejista é muito complexo.

“Não falo sobre esse caso por dois motivos. Primeiro, os acionistas de referência (Lemann, Telles e Sicupira) são meus amigos de décadas. Até falei com eles mostrando solidariedade, mas nem eles devem saber o que está acontecendo lá dentro. Não tenho as informações, o caso é muito complexo, não quero cometer leviandade”, disse Diniz em entrevista à Coluna do Broadcast na terça (31).

Na visão do empresário, o escândalo contábil da Americanas “não muda nada, absolutamente nada” no setor varejista. Ele também argumentou que o estranhamento entre varejistas e bancos deve ser algo temporário.

MXRF11 anuncia novo pagamento de dividendos; veja o valor por cota

O fundo imobiliário MXRF11 anunciou um novo pagamento de dividendos, no valor de R$ 0,11 por cota, conforme anunciado pelo FII na terça-feira (31).

Os dividendos do MXRF11 registraram aumento de 10% em relação ao mês anterior, quando o fundo pagou R$ 0,10 por cota.

Além disso, o novo rendimento é 22,2% superior ao do mesmo período do ano passado, já que em fevereiro de 2022 (referente a janeiro/2022), o fundo distribuiu R$ 0,09 por cota aos seus investidores.

Os rendimentos do MXRF11 têm como base o exercício do mês de janeiro. O pagamento será feito em 14 de fevereiro de 2023, aos investidores posicionados no fundo até o final da sessão de hoje (31).

Itaúsa (ITSA4) é rebaixada: banco diz que ação perdeu atratividade

Em nova revisão, os analistas do Goldman Sachs rebaixaram a recomendação das ações da Itaúsa (ITSA4) de compra para neutro, vendo um cenário menos atrativo para a companhia neste ano de 2023. Na análise, os especialistas citam os múltiplos e os desafios do portfólio da holding.

Com essa mudança na tese do Goldman Sachs, o preço-alvo para as ações da Itaúsa agora é de R$ 10, ante R$ 10,70 anteriores.

“Embora a gente veja que novas aquisições podem ajudar gradualmente a diversificação de receitas, consideramos potenciais riscos de execução associados à adição de novos investimentos no portfólio da holding”, destacam os analistas do banco.

Nesse sentido, os analistas cortaram as estimativas de múltiplos, destacando que o desconto para o valor patrimonial líquido projetado é de 16%.

Nesse indicador, o desconto atual é de cerca de 19%, ante uma média histórica de 15,4%.

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Em guerra, Americanas (AMER3) diz que BTG Pactual participou e tem culpa no rombo de R$ 20 bilhões; banco chama acusação de “inconcebível”

Em um novo capítulo da guerra entre Americanas (AMER3) e BTG Pactual (BPAC11), a varejista disse na Justiça que o banco participou e teve culpa no rombo de R$ 20 bilhões. De acordo com informações divulgadas na quarta (1º), a instituição financeira teria contribuído com as inconsistências contábeis da empresa de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. Ao Suno Notícias, o banco de André Esteves classificou as acusações como “inconcebíveis”.

Segundo os documentos obtidos pelo jornal O Estado de São Paulo, a Americanas disse ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que “o BTG também teve participação nos atos que culminaram no cenário periclitante atual. Aliás, não apenas participação, mas conivência e culpa”.

O time jurídico da varejista sustenta essa tese com base no seguinte argumento: em 2021, a auditoria PwC encaminhou uma “carta de circularização” ao BTG na qual havia solicitado não apenas os ativos da Americanas disponíveis no banco, como também “todo e qualquer passivo, incluindo-se eventuais empréstimos bancários e garantias”.

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Ana Clara Macedo

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