América Latina e Caribe devem elevar estímulos para conter crise, diz Cepal

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) informou nesta terça-feira (6) que os países da América Latina e do Caribe devem continuar a injetar recursos às suas respectivas economias para atenuar os impactos da crise do coronavírus.

Em relatório, a entidade da Organização das Nações Unidas (ONU) estimulou os governos da região a buscarem financiamento para garantir os estímulos necessários para combater o aumento da pobreza e do desemprego na América Latina e no Caribe.

“O esforço nacional deve vir acompanhado de uma maior mobilização de recursos externos, por meio de acesso a… financiamentos sob condições favoráveis, tanto nos mercados internacionais como por parte das instituições financeiras internacionais”, salientou a Cepal, em relatório.

Conheça o Suno One, a central gratuita de informações da Suno para quem quer aprender a investir. Acesse clicando aqui.

Nesse sentido, a entidade internacional ressaltou que uma recuperação total das economias da América Latina e do Caribe dependeria de os países da região de manter “políticas fiscais e monetárias expansionistas“, no esforço de instigar a demanda e conter os efeitos negativos nas taxas de câmbio e nos fluxos de capital.

Cepal prevê queda de 9,1% no PIB da América Latina

Em julho, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe avaliou que, em vista dos fortes impactos da pandemia, a economia da região deve registrar um encolhimento de 9,1% neste ano. O resultado, se confirmado, seria o pior desde o início da série histórica em 1900.

A entidade ainda espera que os gastos públicos na região cresceriam para o nível de 25,4% do Produto Interno Bruto (PIB), superior aos 21,7% registrados em 2019, conforme documento.

Ao mesmo tempo, a estagnação do mercado de trabalho, o recuo na poupança e a queda significativa nas remessas, contudo, devem permanecer fontes de incerteza.

“As consequências que isso deixará em termos de desemprego e pobreza entre os migrantes e suas famílias em seus países de origem levarão anos para se recuperar aos níveis pré-pandêmicos”, salientou a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/Lead-Magnet-1420x240-2.png

Arthur Guimarães

Compartilhe sua opinião