Ações para investir em maio: confira recomendações da BB Investimentos

A BB Investimentos atualizou sua carteira recomendada de maio, com a exclusão da Petrobras (PETR4) e a entrada da Caixa Seguridade (CXSE3), em uma estratégia que reflete cautela em relação ao setor de petróleo. A nova composição foi divulgada por Victor Penna e Wesley Bernabé, gerentes de pesquisa, e inclui ações com fundamentos sólidos e potencial de valorização. Entre os papéis mantidos na seleção está a Copasa (CSMG3), que subiu 8,6% no mês e segue como uma das apostas da equipe de análise.

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A permanência da Copasa na carteira se justifica pelo desempenho consistente da companhia em frentes operacionais e financeiras, com destaque para a redução de perdas de água, custos com pessoal e inadimplência.

Os analistas também ressaltam os investimentos crescentes da empresa em infraestrutura e seu alinhamento ao novo marco legal do saneamento. Além disso, há expectativa em torno do processo de privatização da companhia, após o governo de Minas Gerais encaminhar à Assembleia Legislativa um projeto de lei para autorizar a desestatização.

“Mesmo sem assumir a possibilidade de privatização e de prorrogação do vencimento de seu principal contrato com BH, enxergamos grande potencial de valorização para as ações”, destaca o relatório.

Ações: exclusão da Petrobras e mudança de postura

Após longo período compondo a carteira, a Petrobras (PETR4) foi retirada da recomendação fundamentalista. A decisão foi baseada em fatores externos ao desempenho operacional da companhia, que continua robusto.

Segundo os analistas, a mudança reflete uma postura mais cautelosa com o setor de óleo e gás como um todo, em meio ao contexto de guerra tarifária global e possível impacto sobre demanda e preços do petróleo.

“Ainda que a companhia siga apresentando satisfatórios resultados operacionais e financeiros […], passamos a ter um olhar um pouco mais cauteloso sobre o setor”, afirma o documento. A análise reconhece os avanços recentes da Petrobras, incluindo a antecipação de investimentos e a redução no custo de extração, reforçada por novas plataformas e uso de tecnologia, e destaca que o valuation da empresa permanece atrativo.

No entanto, “entendemos que a companhia pode ser afetada ao longo dos próximos trimestres, o que justifica nossa retirada da carteira até que tenhamos mais clareza do cenário para o setor”, completam os analistas do BB Investimentos.

A decisão de retirada foi acompanhada de mudança de recomendação de “compra” para “neutra”, sem prejuízo à avaliação estrutural de longo prazo.

Entre os demais nomes da carteira, a Cury (CURY3) atingiu o maior nível de vendas da sua história no 1T25 e teve uma valorização de 14,4% em abril. Direcional (DIRR3) também apresentou aceleração no ritmo de lançamentos e melhora no VSO, com alta de 15,7% no mês. O Itaú Unibanco (ITUB4) se destaca como o grande banco com maior resiliência projetada para 2025, enquanto JBS (JBSS3) deve capturar benefícios do câmbio e da demanda externa por proteínas, à espera de um resultado forte no 1T25.

Entre as novas tendências, a Vibra (VBBR3) se destacou pelo sucesso na integração da Comerc e por ser a primeira a importar e comercializar SAF (combustível sustentável de aviação) no país, embora enfrente um ambiente competitivo mais agressivo. Já a Caixa Seguridade (CXSE3) foi incluída na carteira por seu perfil defensivo, crescimento consistente e potencial de ganhos com a expansão do crédito consignado privado.

A carteira recomendada de ações da BB investimentos maio/25 é composta por: Alupar (ALUP11), BRF (BRFS3), Copasa (CSMG3), Cury (CURY3), Caixa Seguridade (CXSE3), Direcional (DIRR3), Eletrobras (ELET3), Gerdau (GGBR4), Grupo Mateus (GMAT3), Isa Energia (ISAE4), Itaú Unibanco (ITUB4), São Martinho (SMTO3), Vibra Energia (VBBR3) e WEG (WEGE3).

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Maíra Telles

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