Veja por que a MBRF (MBRF3) animou a XP, mas deixou investidores em alerta

A MBRF (MBRF3) chega ao primeiro trimestre após a fusão com a missão de provar que sua diversificação geográfica e de proteínas pode fazer diferença em um ambiente competitivo. Em uma prévia que já chama a atenção de investidores, a XP projeta um salto expressivo de receita — mas com margens em queda, o que deixa o mercado dividido entre otimismo e cautela.

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Segundo estimativas divulgadas pela XP, a receita líquida da MBRF deve atingir R$ 42,6 bilhões no 3T25, um crescimento de 13% em relação ao mesmo período de 2024 e de 12% frente ao trimestre anterior. Já o EBITDA ajustado projetado é de R$ 3,4 bilhões, alta de 10% T/T, porém com retração anual de 12%. A margem EBITDA deve recuar 230 bps, para 8,1%.

“No primeiro trimestre de divulgação após a conclusão da fusão, esperamos que a diversificação de proteínas e geográfica da Companhia mostre sua força. Projetamos volumes mais fortes T/T para a BRF, tanto no Brasil quanto no Internacional, para compensar preços e margens mais baixos”, escreveram Leonardo Alencar, Head de Agro, Alimentos e Bebidas, Pedro Fonseca, Agro, Alimentos e Bebidas, e Samuel Isaak, Especialista em Commodities Agrícolas, em relatório da XP.

MBRF3 no radar do mercado

Com volumes mais fortes no Brasil e no exterior, a MBRF (MBRF3) deve usar o aumento de vendas como escudo para proteger seus resultados em meio à queda das margens. A XP projeta alta de 11% T/T na receita da BRF e melhora de 100 bps na margem EBITDA ajustada da National Beef, chegando a 1,8% no trimestre.

A operação na América do Sul também chama atenção: deve crescer 35% T/T em receita, impulsionada por preços melhores, maior capacidade produtiva e a combinação das plantas no Uruguai — um movimento estratégico para sustentar margens de dois dígitos baixos.

“Projetamos que o aumento na receita compense as margens menores e estimamos um EBITDA praticamente estável”, reforçaram Alencar, Fonseca e Isaak no relatório da XP.

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Investidor atento ao pós-fusão

A mensagem por trás dos números projetados para a MBRF (MBRF3) é clara: crescimento não é tudo. Embora a companhia esteja ganhando musculatura com a expansão internacional e ganhos de escala, a pressão nas margens pode limitar o entusiasmo de parte do mercado.

Para investidores, o 3T25 será mais do que um resultado, será um teste real de execução pós-fusão: ou a empresa mostra que consegue crescer com eficiência, ou a confiança do mercado pode ser colocada à prova.

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Maíra Telles

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