Por dentro da carteira: qual a atual composição do portfólio do SNID11?

Lançado em fevereiro de 2023, o SNID11 é um fundo de infraestrutura que vem se consolidando cada vez mais como uma opção atrativa para investidores que buscam ganhos acima da renda fixa tradicional, isenção de imposto de renda e diversificação. Mas você sabe qual é a composição do fundo? Saiba a seguir quais são as debêntures, setores e estratégias que fazem parte do Suno Infra.

De acordo com o último relatório gerencial do SNID11, o fundo conta atualmente com 47 ativos distribuídos entre 37 emissores, o que garante diversificação na carteira.

A maior parte do portfólio está concentrada em debêntures incentivadas (79,1%), isentas de imposto de renda ao investidor. Há ainda 14,5% em debêntures tradicionais, alocação permitida pela regulação e que contribui para o ganho de rentabilidade do fundo.

A carteira do SNID11 apresenta um rating médio AA, o que reforça a qualidade dos emissores escolhidos. 80% da alocação, aliás, está em algo grau de crédito (AAA e A+).

Isso porque, segundo a Suno Asset, preservar o capital do investidor é prioridade número um, e a análise criteriosa dos emissores é peça-chave para mitigar riscos. Desde sua criação, inclusive, o fundo nunca registrou casos de inadimplência.

Outro ponto importante é a estratégia de limite de concentração. Os 5 maiores emissores do SNID11 respondem por 24,1% do PL, e os 10 maiores, por 42,1%. Isso evita que o desempenho do fundo fique excessivamente dependente de poucos ativos.

O patrimônio líquido do SNID11 é de R$ 74,2 milhões. O caixa é de R$ 6,1 milhões, o que equivale a 8,3% do total e funciona como um colchão de liquidez.

Diversificação do SNID11

O portfólio do SNID11 reflete os setores mais relevantes da infraestrutura brasileira. Atualmente, a alocação está dividida entre os seguintes segmentos:

  • Saneamento: 24%
  • Energia elétrica: 18,6%
  • Telecomunicações: 13,7%
  • Rodovias: 8,9%
  • Óleo & Gás: 8,4%
  • Sucroenergético: 6,4%
  • Portos: 6,1%
  • Gestão de resíduos: 4,9%
  • Logístico: 2%
  • Materiais básicos: 1,4%
  • Petroquímico: 1,2%
  • Varejo: 1.1%
  • Agroindústria: 0,2%

Maiores posições do SNID11

As cinco maiores participações na carteira de debêntures do SNID11 são:

  • Tesc (CJEN13) – setor portuário: 5,7% do PL
  • Rota dos Grãos (RGRA11) – rodovias: 5,0% do PL
  • UTE GNA I (UNEG11) – energia elétrica: 4,7% do PL
  • Águas do Rio (RISP24) – saneamento: 4,4% do PL
  • Vero (VERO13) – telecomunicações: 4,3% do PL

Já em relação à exposição por controlador, as maiores são:

  • Aegea: 8,6%
  • Simpar: 6,5%
  • AgriBrasil: 5,7%
  • Rota dos Grãos: 5%
  • Vero: 5%

Todas essas empresas estão em setores estratégicos e contam com fluxos de caixa mais previsíveis, característica essencial para garantir a estabilidade dos dividendos do SNID11.

Mitigação de riscos do SNID11

A diversificação é uma das principais ferramentas de mitigação de riscos do SNID11, mas a gestão da Suno Asset também evita o risco de crédito a partir de fatores como:

  • Derivativos de swap (DAP): reduzem o impacto da marcação a mercado das debêntures, suavizando a volatilidade da cota patrimonial;
  • Controle de exposição: os limites de alocação por emissor e setor são constantemente monitorados;
  • Rating interno: a Suno utiliza um modelo baseado nos 3Cs (Caráter, Capital e Colateral) para avaliar emissores;
  • Caixa e compromissadas: funcionam como amortecedor em cenários de maior estresse

Diante disso, é possível afirmar que o Suno Infra, atualmente, conta com uma carteira diversificada, com rating elevado e exposição controlada, combinando assim preservação de capital e potencial de retorno.

Para o investidor, isso significa que o SNID11 segue uma estratégia de composição que busca mitigar riscos de crédito e de volatilidade sem abrir mão da previsibilidade de rendimentos.

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Guilherme Serrano Silva

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