Nubank (ROXO34): após alta de 42% no lucro, vale a pena investir nas ações do banco?
|
|
O Nubank (ROXO34) divulgou na noite de ontem (14) o balanço do segundo trimestre de 2025. O banco reportou um lucro líquido de US$ 637 milhões, alta de 42% em relação ao mesmo período de 2024, em base neutra de câmbio. A divulgação gerou reação positiva no mercado e, nesta sexta-feira (15), os BDRs do banco sobem mais de 6%, por volta das 15h30.
A receita líquida do trimestre somou US$ 3,7 bilhões, crescimento de 40% na comparação anual. O número de clientes atingiu cerca de 123 milhões no Brasil, México e Colômbia.
Segundo o CFO Guilherme Lago, o avanço no lucro foi sustentado pela combinação de alavancagem operacional e aumento de receita. Ele destacou que o foco de crescimento no Brasil deve mudar: “Se nos últimos três a cinco anos grande parte do crescimento da receita veio de colocar mais clientes para dentro de casa, nos próximos três a cinco anos […] virá de aumentar a profundidade do nosso relacionamento com esses clientes”.
Resultados do Nubank no 2T25
O BB Investimentos avaliou o desempenho como positivo, destacando que o lucro líquido e o ROE trimestral anualizado de 28% foram impulsionados por forte expansão das receitas de crédito e tarifas, apesar de pressões de custos.
O relatório apontou que “o 2T do Nubank marca um retorno da melhoria em diversas métricas”, com avanços consistentes no México e Colômbia, que já somam mais de 22 milhões de clientes. Entre os destaques positivos estão o crescimento robusto das receitas (+28% a/a), da carteira de crédito (+42% a/a) e do lucro (+31% a/a), a recuperação da NIM bruta (+20 bps t/t) e ajustada ao risco (+100 bps t/t), além da queda da inadimplência de 15 a 90 dias para 4,4%.
O BTG Pactual destacou que o lucro ficou 6% acima da estimativa do banco, com melhora das métricas de monetização, como o ARPAC mensal de US$ 12,2 (+18% a/a), e estabilidade do custo por cliente ativo em US$ 0,8. Segundo o relatório, a carteira de cartão de crédito acelerou, os depósitos cresceram em ritmo forte e a NIM se expandiu, revertendo a tendência de contração dos últimos trimestres.
No crédito, a carteira expandida atingiu US$ 27,3 bilhões, alta de 8% no trimestre, com destaque para o avanço dos empréstimos pessoais. A inadimplência acima de 90 dias subiu para 6,6%, movimento atribuído à sazonalidade e à deterioração registrada no início do ano.
Vale a pena investir em Nubank?
O BB Investimentos manteve a recomendação de compra, mas ressaltou que o investimento tem alto risco, atualizando o preço-alvo do BDR ROXO34 para R$ 13,70 no final de 2026, considerando câmbio projetado de R$ 5,70.
O BTG Pactual manteve a recomendação neutra, com preço-alvo para as ações do banco listadas nos EUA de US$ 14,00 para 12 meses, mas indicou viés positivo para o papel após a divulgação dos resultados. A casa vê 2025 como um “ano de transição” para o Nubank e afirmou que “reacender o crescimento da receita — particularmente em cartões de crédito no Brasil — e ‘vencer’ no México são fundamentais para reconstruir a confiança dos investidores”.
