IPCA desacelera a 0,11% em agosto ante alta de 0,19% em julho

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) diminuiu para 0,11% em agosto. No mês de julho, o índice registrou uma alta de 0,19%. Os dados foram divulgados na manhã desta sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A meta do governo no acumulado para o ano é de 4,25%. Até o momento, o IPCA atingiu 3,43% em 12 meses. Os 12 meses imediatamente anteriores ao desse valor ficaram em 3,22%. Em agosto do ano passado, a deflação foi de 0,09%.

“Esse avanço [no acumulado em 12 meses] de 3,22 para 3,43% é justamente porque saiu dessa série de 12 meses a deflação registrada em agosto do ano passado”, analisou o gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE, Pedro Kislanov da Costa.

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De julho para agosto, três grupos de produtos e serviços registraram uma deflação, de acordo com dados do IBGE.

Veja os grupos com maiores baixas de preços:

  • Alimentação e bebidas (-0,35%)
  • Transportes (-0,39%)
  • Saúde e cuidados pessoais (0,03%)

Alguns itens pertencentes ao primeiro grupo listado acima registraram quedas significativas. São eles:

  • tomate (-24,49%);
  • batata-inglesa (-9,11%);
  • hortaliças e verduras (-6,53%);
  • carnes (-0,75%).

No agrupamento de transportes, os indicadores que tiveram maiores baixas nos preços foram:

  • passagens aéreas (-15,66%);
  • gasolina (-0,45%);
  • óleo diesel (-0,76%).

Confira a inflação dos principais grupos pesquisados pelo IBGE em agosto:

  • Alimentação e Bebidas: -0,35%
  • Habitação: 1,19%
  • Artigos de Residência: 0,56%
  • Vestuário: 0,23%
  • Transportes: -0,39%
  • Saúde e Cuidados Pessoais: -0,03%
  • Despesas Pessoais: 0,31%
  • Educação: 0,16%
  • Comunicação: 0,09%

O índice de habitação foi o que mais teve impacto no índice geral, com 0,19%.

Meta de inflação do ano

A meta de inflação do Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2019 é de 4,25%. Para conseguir chegar ao objetivo, o Banco Central controla a taxa básica de juros (Selic).

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Especialista de algumas instituições financeiras estimam que a inflação terminará o ano abaixo do esperado pelo governo, com uma taxa aproximada de 3,59%.

Para o ano que vem, analistas esperam a inflação em 3,85%. A meta central para 2020 é de 4% e pode ser atingida, caso o IPCA permaneça entre 2,5% e 5,5%.

Juliano Passaro

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