Via (VIIA3) tem queda de 90% no lucro contábil do 1T22, para R$ 18 milhões

A Via (VIIA3) registrou um lucro líquido contábil de R$ 18 milhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), valor 90% menor na comparação anual. Excluindo ajustes não recorrentes, a Via informa que o lucro líquido operacional foi de R$ 86 milhões no período, queda de 52,2% na comparação ano a ano.

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A Via ainda aponta que o lucro comparável de R$ 86 milhões, aumento de 36,5%.

“No 1T22, houve R$ 29 milhões de incentivo de subvenção de maneira recorrente. Já no 1T21, houve efeito do incentivo de subvenção recorrente de R$ 33 milhões e R$ 117 milhões de períodos anteriores, totalizando R$ 150 milhões”, afirma a Via, em relatório.

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Resultado do 1T22 da Via. Créditos: Via/divulgação

 

Ebitda e receita da Via no 1T22

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, o Ebitda ajustado da Via foi de R$ 758 milhões, crescimento equivalente a 29,8% na comparação de base anual. Já a margem Ebitda ajustada ficou em 10,2%, acima dos 7,7% de um ano antes, “com expressivo avanço de 2,5 p.p. vs. 1T21 em razão dos fortes ganhos de produtividade e bom controle de despesas”, de acordo com a empresa.

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A projeção do consenso Refinitiv para esse indicador de lucro era de R$ 592 milhões.

A varejista informa no relatório trimestral que, na linha do Ebitda, os ajustes não recorrentes relacionados à atualização dos processos trabalhistas foram de R$ 85 milhões no trimestre.

A Via registrou uma receita líquida de R$ 7,39 bilhões no 1T22, valor 2% inferior ao do mesmo período de 2021.

Volume de vendas

O volume bruto de vendas da Via foi de R$ 10,7 bilhões no período de janeiro a março de 2022. Trata-se de alta de 3,3% na comparação com o mesmo período de 2021.

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De acordo com a Via, o desempenho do GMV bruto de lojas físicas, somando R$ 5,5 bi, com crescimento de 2,9% e da receita bruta no 1T22 reflete principalmente um inicio de ano (de janeiro até meados de fevereiro) com um fluxo e performance ainda impactados pelas inseguranças causadas pela pandemia de e aumento de número de casos da variante ômicron.

Entretanto, a partir da metade de fevereiro, a empresa sentiu uma mudança no comportamento, com maior abertura do mercado e retomada de atividades presenciais, consequentemente aumentando uma melhora nas vendas off-line. “O desempenho no conceito “mesmas lojas” (GMV) registrou aumento de 0,3% no período, vs. (-13,8% no 3T21 e -25,2% no 4T21), ou seja, notamos uma grande melhora sequencial, inclusive no mês de abril de 2022”.

Resultado Financeiro da Via

No 1T22, o resultado financeiro líquido da Via, considerando os ajustes não-recorrentes, ficou em R$ 428 milhões negativos, uma piora de 50,7% frente aos R$ 284 milhões negativos do mesmo período de 2021.

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Conforme a Via, o número reflete um momento atual, principalmente do aumento da taxa Selic em um ano parcialmente mitigado pela melhora dos spreads sobre o custo.

O indicador de alavancagem financeira da Via, medido pelo caixa líquido/Ebitda ajustado, foi de 0,4x no final de março de 2022, uma queda de 0,9x sobre mesmo período de 2021. “A companhia segue com posição saudável de estrutura de capital: caixa líquido de R$ 546 milhões e patrimônio líquido de R$ 5,6 bilhões,  com índices de alavancagem em patamares inferiores aos covenants financeiros”, afirma.

Já sobre a posição de caixa líquido da Via aponta uma diminuição de 84,9%, totalizando R$ 546 milhões, no final do primeiro trimestre.

De acordo com o balanço financeiro da Via, 60% dos investimentos foram direcionados para projetos de tecnologia e logística.

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Victória Anhesini

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