Do zero ao primeiro investimento: veja principais dicas para começar sua jornada

Até que se inicie o primeiro investimento na bolsa de valores ou em renda fixa, sabemos que há um caminho considerável a ser percorrido – especialmente considerando que muitos conceitos e mecanismos ainda são desconhecidos para a maioria dos investidores.

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Nesta matéria, trazemos algumas dicas para você começar a sua jornada de investimento saindo do zero, com os principais passos que deve dar nesse caminho, da forma mais segura e rentável.

A democratização dos investimentos alcançou grandes patamares nos últimos anos, e já são mais de 5 milhões de investidores pessoa física na bolsa de valores, segundo dados da B3 (B3SA3).

Em meio a esse contexto e com a digitalização desse universo, é possível comprar suas primeiras ações com poucos reais – devido ao lote fracionário – e demora muito menos para abrir uma conta em corretora e iniciar suas alocações.

Além disso, é possível ter acesso a um mundo infindável de conteúdos e de ferramentas 100% gratuitas para ajudar o investidor pessoa física na construção da sua carteira de investimentoscomo o Status Invest, por exemplo, que gratuitamente mostra indicadores financeiros relevantes e reúne dados históricos das companhias de capital aberto.

Investir demanda segurança

É consenso dentre especialistas que um dos primeiros passos antes de investir é ter um dinheiro relevante poupado, um ‘colchão de segurança’ que precede alocações de maior risco.

Ou seja, o recomendado é reservar uma parte do patrimônio direcionada para custos urgentes e imprevistos – a chamada reserva de emergência.

A recomendação mais usual é de que o investidor junte de seis a doze meses dos seus custos mensais. Ou seja, se você costuma ter despesas de aluguel, alimentação e similares que juntas somem R$ 5 mil, é recomendável que você tenha cerca de R$ 30 mil, no mínimo, na reserva de emergência.

Isso considerando que você seja um trabalhador ‘estável’ – em regime CLT ou análogo.

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Se for empresário, PJ ou alguém com um regime de trabalho com menor estabilidade, a recomendação costuma ser de cerca de 12 meses de custos guardados, para evitar contratempos maiores em um caso de faturamento abaixo do esperado ou rompimento de contratos.

Esse valor, contudo, não precisa ir necessariamente para a famigerada poupança – que perde para a inflação na esmagadora maioria do tempo e oferece uma baixa rentabilidade.

Investimentos de alta liquidez e baixo risco são os mais recomendados, como CDBs ou o CDI, sendo modalidades de investimento disponíveis em quase qualquer banco, corretora ou plataforma de investimentos.

Assim, caso ocorra algum imprevisto, a sua reserva de emergência estará preservada e poderá ser sacada imediatamente.

Antes da elaboração dessa reserva, é recomendado quitar qualquer uma de suas dívidas.

Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio, mais de 79% das famílias brasileiras possuem alguma dívida, e 30% estão inadimplentes.

Fuja de alavancagem e alto risco

Após a reserva ter sido feita, é importante evitar aportes em estratégias de maiores riscos e ficar atento ao seu perfil de investidor.

Praticamente todas as plataformas de investimento possuem classificações que fornecem uma informação qualificada para saber se um determinado investimento é ou não adequado, especialmente no caso dos fundos de investimento que possuem rótulos e rankings de risco.

Por exemplo: o fundo imobiliário Suno Recebíveis (SNCI11), da Suno Asset, possui baixa volatilidade e paga dividendos mensais para os investidores. Esse ativo tem uma classificação de risco em 15 na XP Investimentos – de uma escala de 0 a 100.

Além disso, é necessário ficar atento à oportunidade que pode oferecer risco exagerado. Como exemplo, recentemente alguns bancos dão a possibilidade de investir via cartão de crédito, e há anos as corretoras oferecem alavancagem – uma forma de você operar no mercado com um dinheiro múltiplas vezes maior do que o seu patrimônio.

Especialistas também apontam que é recomendável ficar longe desse tipo de oportunidade.

“Tomar dinheiro emprestado para investir raramente é uma boa ideia. Só é bom para as empresas que concedem o crédito, mas para o investidor pessoa física não costuma ser vantajoso”, comenta André Massaro, Educador Financeiro.

Mais: a rentabilidade que você poderá alcançar pode ser inclusive menor do que os juros de uma eventual dívida, pondo em risco o seu patrimônio e a sua saúde financeira.

Além isso, é relevante que o investidor fique de fora de práticas que usual e historicamente dão prejuízo.

Como exemplo, a prática de day trade é comumente tida como atrativa por estreantes no mundo dos investimentos, com cursos sendo vendidos e afins.

Contudo, dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostram que a esmagadora maioria dos investidores da bolsa perde dinheiro com esse tipo de especulação, e quem ganha recebe quantias baixas.

Ainda no ano passado o pesquisadores responsáveis pela pesquisa abriram os dados e mostraram que o prejuízo, aliás, só aumentou nos últimos anos.

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Diversificação é o nome do jogo

Em um cenário que já se tem um ‘colchão financeiro’ da reserva de emergência, a recomendação é de que o investidor tenha vários tipos de ativos em sua carteira.

Ou seja, para mitigar riscos e evitar grandes quedas do seu patrimônio, é interessante diversificar seus investimentos entre várias classes. Por exemplo, se o Brasil está, hipoteticamente, passando por uma crise, a bolsa está caindo e a inflação subindo, uma carteira com alocações em renda fixa atrelada ao IPCA ‘compensaria’ as quedas dos investimentos em ações.

Raphael Prata, colunista do Suno Notícias, aponta que os investimentos devem ser pensados para os objetivos do investidor e levando em consideração o risco que se está disposto a correr.

“Para entender sobre melhores oportunidades de diversificação, é necessário saber que acertar ciclos de mercado são difíceis, e o perfil de cada um sempre deve ser levado em consideração”.

Invista em informação

Fora as movimentações na corretora, acompanhar o mercado deve ser uma tarefa recorrente do investidor.

Como exemplo, um investidor com títulos de renda fixa atrelados ao IPCA deve ter algum conhecimento sobre o cenário macroeconômico atual, para garantir rentabilidade e reduzir seus riscos.

Mesmo que não se tenha os conhecimentos mais técnicos sobre o tema, é relevante estar por dentro do tipo de investimentos, ainda que assessorado por um profissional do mercado financeiro.

Assim, antes de clicar no botão de ‘compra’ na corretora, é recomendado que o investidor some algumas horas de leitura sobre a classe de ativo a fim de evitar contratempos ou frustrações em termos de performance.

Caso se tenha investimento em ações, é possível se informar sobre a saúde financeira de uma das empresas que se é investidor por meio dos documentos oficiais da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por relatórios de analistas e por notícias.

Em um caso de alocação em fundos de investimento (fundos imobiliários, fundos de ações, fundos multimercado), mesmo que seja uma forma mais passiva e que exija menos tempo do investidor, é recomendável acompanhar os passos da gestora em questão.

O Suno FIC FIA, por exemplo, é um fundo de ações e, pelas páginas oficiais e cartas da gestão, é possível saber quais passos estão sendo dados pela gestora e como está a rentabilidade.

Em um cenário em que se possa realizar investimento por conta própria, é possível realizar alocações com base em recomendações de especialistas profissionais e certificados (CNPIs), como os profissionais da Suno Research, que disponibilizam carteiras de ações recomendas aos seus assinantes.

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Eduardo Vargas

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