XPCA11 e XPAG11: Fiagros têm maior tolerância ao risco e regularidade de dividendos, diz Head da XP Asset

Em um cenário de alta inflação, risco elevado e aperto monetário rigoroso, com taxas de juros cada vez agressivas, o mercado olha para o Fiagro (ou Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais) como um ativo mais atrativo para investidores que buscam proteger seu patrimônio em tempos de crise, garantindo um bom retorno paralelamente.

Fiagro: vale a pena investir? Conheça os fiagros XPCA11 e XPAG11, da XP Asset

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O Brasil é o quarto maior exportador de commodities agrícolas do mundo e por isso possui um papel bastante relevante na cadeia de alimentação mundial. Com representatividade de cerca de 30% do PIB brasileiro, o agronegócio ganhou novas oportunidades com a negociação dos Fiagros na bolsa de valores, que viu o número de pessoas físicas que investem no setor aumentar consideravelmente no último ano.

Os Fiagros já possuem mais de R$ 3 bilhões de ativos geridos em mais de 20 fundos.

Na nossa live especial desta quinta-feira (29) para a Semana do Fiagro do Suno Notícias, realizada com o apoio da XP Asset e da Ecoagro, conversamos com o Head de Originação de Fiagro na XP Asset, Gustavo Almeida, que falou sobre o cenário atual do fundo, os benefícios de investir no agronegócio e os novos Fiagros da gestora. Você pode conferir tudo neste link.

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“O nosso foco são as operações de crédito. Hoje a gente tem dois fundos [Fiagro]: o XPCA11, que é um fundo listado na B3, e a gente lançou no mês de junho o XPAG11, que tem a mesma tese de investimento, só que, diferentemente do XPCA11, é um fundo com exclusividade de negociação da XP”, explicou Gustavo Almeida.

Em novembro do ano passado, a XP lançou seu primeiro Fiagro, o XPAC11, que passou a ser negociado na B3 (B3SA3). Hoje, a rentabilidade do fundo chega a ser de cerca de 18% ao ano. Para Almeida, isso contribui com o aumento da competitividade em relação a outros produtos, prevenindo a migração de capital para a renda fixa.

Lançado recentemente, o XPAG11 foi criado, de acordo com Almeida, para suprir uma importante demanda de mercado. “A gente percebeu que existe um perfil de cliente que não gostaria de ficar em volatilidade de cota. Então a gente criou um outro fundo para acessar um público que quer receber o rendimento, que gosta mais da renda fixa e que não quer oscilações de cotas”, disse ele.

Apesar de ser novidade na carteira de produtos da XP Asset, o XPAG11 levantou R$ 240 milhões, 20% acima da oferta base. E na atualidade, ele conta com mais de 3,5 mil cotistas.

Segundo a XP, o XPAG11 busca retorno de CDI de mais de 4% ao ano, aplicando em CRAs com exposição a uma série de segmentos variados, como os de cooperativas, agroindústria e produtores rurais de médio e grande porte. O ativo está enquadrado na categoria de Fiagro Imobiliário.

“Por ele [o XPAG11] não ser listado ele tem a cota mais estável. Ele não causa volatilidade na cota e tem a mesma prerrogativa de pagamento de rendimentos mensal, com isenção de tributos do rendimento. Só não é um fundo com tanta liquidez ainda”, lembrou o Head de Originação de Fiagro.

Em relação às diferenças entre os dois Fiagros da companhia, o executivo afirma que, “no ponto de vista de estratégia, neste momento eles [XPCA11 e XPAG11] são similares. E não quer dizer que um vai ser o espelho do outro.”

Para ele, a exposição ao risco é a maior diferença. E, por outro lado, o que mais os une é a estratégia de diversificação da carteira. “Nosso ‘mantra’ aqui na XP é a diversificação. Eu acho muito importante a diligência na hora de realizar um investimento”, afirmou o executivo sobre os Fiagros.

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Essa diversificação, de acordo com ele, não apenas melhora a capacidade do fundo de ter ótimos rendimentos e melhor tolerância aos riscos do mercado, mas também proporciona aos acionistas uma linearidade nos pagamentos dos dividendos.

“O agro é sazonal. Se você produz soja e milho, tem o mesmo fluxo de recebimento, grosso modo, em abril — da soja — e setembro ou outubro, do milho. Se eu mexer minha carteira só com produtores de soja e milho, eu vou ter dois recebimentos no ano. Então a diversificação também é importante para você trazer uma linearidade de fluxo de pagamento”, ponderou Gustavo Almedia.

A XP Investimentos acredita que, até 2025, o mercado de Fiagro deve atingir mais de R$ 75 bilhões em capital investido, seguindo um caminho de crescimento estável nos próximos anos e meses.

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Jorge C. Carrasco

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