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XP reduz rating da BRF (BRFS3) e mantém recomendação de compra para Marfrig (MRFG3)

Com a compra realizada pela Marfrig nos meses anteriores, rumores sobre fusão aumentaram - Foto: Divulgação

Com a compra realizada pela Marfrig nos meses anteriores, rumores sobre fusão aumentaram - Foto: Divulgação

A XP reduziu nesta sexta-feira (25) o rating da BRF (BRFS3), enquanto manteve sua recomendação de compra para Marfrig (MRFG3) e retomou a cobertura para recomendação de compra para a JBS (JBSS3).

De acordo com relatório, a XP reduziu sua recomendação para Neutro da BRF, “após forte performance das ações”. Todavia, mantém o preço-alvo de R$ 30 por ação, apontando para um pequeno potencial de alta sobre o preço atual das ações.

“Embora os fundamentos da empresa permaneçam sólidos, após forte desempenho das ações, acreditamos que outros nomes oferecem uma margem de segurança maior em termos de potencial de alta, pelo menos até as intenções da Marfrig em adquirir quase um terço da BRF se tornarem claras, o que só deve ocorrer no médio prazo”, informa o documento.

Além disso,  a XP cita questões climáticas, que estão ajudando a sustentar preços dos grãos em patamares mais elevados. Nesse sentido, como grande parte dos custos da BRF estão relacionados a tais commodities, suas margens deveriam seguir pressionadas, ainda que tal efeito seja parcialmente mitigado pelo aumento de preços proposto pela empresa, conclui.

O relatório aponta ainda que do lado da oferta, os preços seguem voláteis para as principais commodities agrícolas globais, incluindo milho, soja, carne suína, dentre outros, o que poderia prejudicar o ânimo do mercado com empresas expostas a tais produtos, como o setor de proteínas, que compra grãos e vende carnes, à grosso modo.

A demanda por alimentos, por sua vez, deve continuar crescendo em um cenário pós pandemia na maioria dos países, sustentando um bom momento para as empresas de proteínas no geral, revela o documento.

“Especificamente, em termos de geografia, acreditamos que as empresas de proteínas com operações nos Estados Unidos devem desfrutar de um 2021 particularmente robusto, impulsionadas sobretudo pelo lado da demanda. Já a América do Sul segue enfrentando alguns desafios, principalmente pelo lado da oferta. Nesse sentido, empresas expostas a ambas as geografias acabam conseguindo balancear melhor seus resultados, reforçando a importância da diversificação geográfica em um setor tão volátil quanto o de proteínas”.

Em relação à proteína animal, a XP destaca a carne bovina, principalmente nos Estados Unidos. Enquanto a carne suína pode perder força no curto prazo em todo o mundo, em função da redução da demanda chinesa, lembra.

No caso do frango, por sua vez, como os preços ainda seguem muito baixos no Brasil, o segmento deveria oferecer um potencial de alta interessante nos próximos meses, ainda que seus custos também seguem em alta, projeta a XP.

Marfrig

No caso da Marfrig, o banco reitera a recomendação de Compra, com um preço-alvo de R$ 24 por ação, “oferecendo um potencial de alta sobre o preço atual das ações que consideramos atrativo, ainda que menor do que o potencial que enxergamos para a JBS” .

Assim como a JBS, a Marfrig também está aproveitando o bom momento para a indústria de carne bovina nos Estados Unidos, impulsionada sobretudo pela retomada da demanda no país à medida em que a população é vacinada.

Adicionalmente, o recente movimento de compra de cerca de um terço da BRF sugeriria um futuro mais diversificado para a Marfrig, tanto em termos de geografias quanto em termos de proteínas, “algo que enxergamos com bons olhos”, conclui.

JBS

A XP revela ainda ter retomando a cobertura de JBS com recomendação de Compra e um preço-alvo de R$ 40 por ação, “oferecendo um potencial de alta sobre o preço atual das ações que consideramos atrativo.”

O relatório destaca o bom momento para a indústria dos Estados Unidos, tanto para as carnes bovina e suína quanto para o frango, com a Pilgrim’s Pride, além do câmbio desvalorizado, que permite que as operações no Brasil se mantenham competitivas nas exportações, ao mesmo tempo em que também impulsiona os resultados nos EUA.

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“A empresa vem trabalhando na redução do seu custo de capital, algo que enxergamos com bons olhos e que entendemos que ainda não foi 100% precificado pelo mercado”, informa o relatório.

Última cotação

O papel da BRF estava nesta sexta-feira (25), por volta das 14h25, em queda de 1,26%, aos R$ 28,29. Enquanto a Marfrig subia 0,21%, aos R$ 19,00 e a JBS caía 1,27%, aos R$ 28,79.

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