XP estuda incorporar empresa criada pelo Itaú após cisão e emitir BDRs

A XP Inc informou que começou a estudar possibilidade de incorporar a empresa criada pelo Itaú Unibanco (ITUB4) para cindir a sua fatia na XP Investimentos. Segundo comunicado divulgado hoje, caso a incorporação seja confirmada, os acionistas da nova empresa receberiam ações classe A da XP ou Brazilian Depositary Receipts (BDRs), que seriam emitidos pela companhia.

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“Faremos estudos adicionais para finalizar a estrutura corporativa e garantir que os interesses da empresa e seus acionistas sejam atendidos”, declarou em comunicado.

Segundo a empresa, o objetivo do estudo é manter os interesses do Itaú alinhados com os da XP e seus acionistas, melhorando a estrutura de governança corporativa. Além disso, a ideia é eliminar conflitos de interesse. Segundo a empresa, apenas os acionistas controladores da XP teriam ações Classe B, com maiores direitos de voto.

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Itaú aprovou ontem cisão da XP

Ontem, o conselho de administração do Itaú Unibanco aprovou ontem (26) a cisão de sua parcela da corretora com a criação de uma nova empresa receber os ativos. A intenção de retirar os ativos da corretora de seu balanço foi anunciada ao mercado no começo do mês e a execução ainda depende de aprovação na assembleia dos acionistas do banco.

A nova empresa terá 41,05% do capital social da XP e o capital será distribuído de forma proporcional aos atuais acionistas do banco. O balanço do Itaú ainda deterá 5% do capital da XP, que poderá ser vendido diretamente ao mercado.

Na visão do Itaú e de parte do mercado, o valor da XP não era totalmente precificado no balanço do Itaú. O banco pagou R$ 6 bilhões por 46% da corretora de Guilherme Benchimol, com um valuation atrativo de cerca de 20x o lucro líquido anual. Hoje, a empresa é negociada a mais de 80x o lucro.

Desde a compra da participação na XP, o Itaú Unibanco possui a possibilidade de comprar mais 12,5% do capital social da corretora em 2022, dependendo apenas da aprovação do BC. O BC, porém, vetou que o Itaú Unibanco assumisse o controle da XP, ou seja, o banco não poderia possuir 50% mais um dos votos na corretora.

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Natalia Gómez

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