Lucro do Wells Fargo no quarto trimestre supera projeções e cresce na base anual

O Wells Fargo (NYSE: WFC), quarto maior banco em número de ativos dos Estados Unidos, reportou hoje que teve no último trimestre de 2020 um lucro líquido de US$ 2,99 bilhões, representando uma alta de cerca de 4% na comparação com o mesmo período de 2019.

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Além do crescimento do lucro líquido, o lucro por ação surpreendeu os analistas escutados pela Bloomberg. Era esperado que o Wells Fargo lucrasse cerca de US$ 0,59 por papel e o resultado veio em US$ 0,64.

A receita do banco, entretanto, caiu na base anual. No último trimestre de 2020 ela foi de US$ 17,9 bilhões, ante US$ 19,9 no mesmo período de 2019, queda de 9,7%.

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Wells Fargo viu suas margens reduzidas por queda dos juros

Parte da queda foi causada pela menor receita líquida de juros, que caiu 17% na relação ao ano anterior, indo para US$ 9,28 bilhões. As taxas de empréstimo do quarto trimestre todavia mostraram leve recuperação na comparação com o terceiro, mostrando um pequeno aumento nas taxas de referência, principalmente para o longo prazo. Elas continuam todavia próximas às mínimas históricas.

 

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Ainda entre os pontos positivos, houve uma menor perda com empréstimos, ou seja, uma menor taxa de inadimplência. Após ter guardado US$ 10 bilhões para provisões, o Wells Fargo registrou lucro de US$ 179 com elas no quarto trimestre.

O lucro acima do consenso leva a crer que o banco realizará a recompra de ações no primeiro trimestre de 2021, uma vez que o processo é limitado pela margem de ganhos recente do banco. Anteriormente, seu conselho aprovou a recompra de até 500 milhões de ações, mas ainda não prosseguiu com o plano.

O Wells Fargo possui um setor de investimentos menor na comparação com outros gigantes do mercado financeiro americano. Por conta disso, vinha sendo impactado pela queda na taxa de juros, que comprimiu seu lucro com empréstimos. No terceiro trimestre, o banco relatou uma queda de 56% em seu lucro líquido, mais acentuada do que seus rivais Citigroup, Bank of America e JPMorgan.

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Vitor Azevedo

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