Warren Buffett mostra indiferença com rebaixamento de EUA e faz ‘nova aposta’

O megainvestidor Warren Buffett, da Berkshire Hathaway (BERK34), não tem tido grandes preocupações com o recente movimento de rebaixamento da classificação dos Estados Unidos por agências de risco.

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“Há coisas com as quais as pessoas não precisam se preocupar. Essa é uma delas”, disse Warren Buffett à CNBC.

O que ocorreu, resumidamente, foi uma decisão da Fitch de rebaixar a nota dos EUA de ‘AAA’ para ‘AA+’. A nota anterior, vale destacar, é o maior patamar possível, sendo uma nota concedida para economias pujantes e com a menor expectativa de inadimplência e risco de crédito possível.

“Os ratings ‘AAA’ denotam a menor expectativa de risco de inadimplência. São atribuídos apenas em casos de capacidade excepcionalmente forte de pagamento de compromissos financeiros. É altamente improvável que essa capacidade seja afetada adversamente por eventos previsíveis”, explica a Fitch sobre a nota.

Mesmo com essa queda de ’10 para 9,5′ na nota dos EUA, Warren Buffett tem apostado, inclusive, em títulos que foram depreciados com esse movimento e que têm relação direta com a capacidade da nação em honrar compromissos financeiros.

“Na segunda-feira passada, a Berkshire comprou US$ 10 bilhões em títulos do Tesouro dos EUA. Nesta segunda-feira, compramos US$ 10 bilhões em títulos do Tesouro novamente. E a única pergunta para a próxima segunda-feira é se compraremos US$ 10 bilhões em títulos do Tesouro de 3 meses ou de 6 meses”, disse Buffett à CNBC.

Indiferença de Warren Buffett destoa em meio às críticas

As falas de Buffett, contudo, destoam do que outros tubarões do mercado americano têm dito nos últimos dias.

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“A ideia de que isso está criando o risco de inadimplência nos títulos do Tesouro dos EUA é absurda e não acho que a Fitch tenha qualquer percepção nova e útil sobre a situação. Os dados dos últimos meses mostram que a economia está mais forte do que as pessoas pensavam, o que é bom para a qualidade de crédito da dívida dos EUA”, disse Larry Summers, ex-secretário do tesouro dos EUA.

“A Fitch rebaixa o rating dos EUA, uma decisão ampla e corretamente ridicularizada; não faz sentido nem mesmo com base em seus próprios critérios declarados”, publicou no Twitter o laureado com o Prêmio Nobel e colunista do New York Times, Paul Krugman.

“Certamente há uma história por trás disso – mas seja qual for, é uma história sobre a Fitch, não sobre a solvência dos EUA”, completou.

Além disso, o fundador da Pershing Sqare Capital Management, Bill Ackamn, disse que tem ‘apostado significativamente contra os títulos de 30 anos do Tesouro dos EUA’.

“Acontecem muitas vezes na história em que o mercado de títulos reprisa a parte mais longa da curva em questão de semanas, e parece que este é um desses momentos”, disse Ackman no X, antigo Twitter.

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Eduardo Vargas

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