Custo de insumos, puxado por dólar, será limitador do mercado em 2021, diz Volkswagen

O presidente e CEO da Volkswagen na América Latina, Pablo Di Si, ao participar nesta quarta-feira (9) de uma live transmitida à imprensa, mencionou a pressão sobre os custos de produção vinda, principalmente, da valorização do dólar.

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Segundo o presidente da Volkswagen, as previsões da indústria são “super otimistas” e apontam a um mercado de 2,4 milhões de veículos no próximo ano. Contudo, o executivo informou que a empresa já se prepara para um resultado aquém das previsões.

Pablo revelou que a montadora alemã está trabalhando com a perspectiva de consumo no Brasil, incluindo todas as marcas, na faixa de 2,3 milhões a 2,4 milhões de veículos, no entanto, estará preparada caso não se confirme o teto da projeção, cuja concretização significaria um aumento em torno de 20% das vendas da indústria.

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“O mercado, obviamente, vai ser maior, mas acho que a previsão de 2,4 milhões da Anfavea é uma visão super otimista”, afirmou o dirigente, citando em seu comentário a associação das montadoras, que, embora não tenha fechado ainda as previsões oficiais, já apontou os 2,4 milhões de veículos como um teto para 2021.

“Acho que não vamos crescer tanto quanto 2,4 milhões. Nosso planejamento é este de 2,3 milhões a 2,4 milhões, mas se não acontecer vai ser mais fácil desacelerar o programa de produção”, disse.

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A razão da cautela reside no aumento dos preços de matérias-primas. Uma vez repassado às tabelas das concessionárias, como vem acontecendo, o consumo ficará mais limitado.

Atualmente, Pablo disse que a Volkswagen tem procurado acelerar a nacionalização de peças, tanto no Brasil quanto na Argentina, para reduzir a dependência a componentes importados e, logo, a exposição ao câmbio.

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Todavia, o executivo ponderou que aumentar o índice de materiais nacionais no carro envolve projetos de longo prazo, que podem levar mais de cinco anos.

Enquanto isso não acontece, a empresa, conforme relatou o seu dirigente na região, vem travando uma “luta diária” nas negociações de preços com seus fornecedores. “Temos algumas conversas fáceis e outras difíceis com fornecedores”, contou o diretor da Volkswagen a jornalistas.

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Rafaela La Regina

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