Vivo (VIVT3): “resultado sólido do 3T22” garante bons níveis de dividendos, segundo a XP

Na noite de terça-feira (25), a Vivo (VIVT3) divulgou os resultados do 3T22. O balanço registrou lucro líquido de R$ 1,436 bilhão, o que representa uma alta de 9,3% ante o o terceiro trimestre de 2021.

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Na visão da XP, o resultado da Vivo foi sólido, com uma recuperação de margem consistente e uma aceleração no lucro líquido, 54% acima do consenso, o que deve reduzir preocupações com dividendos.

“A recuperação do resultado neste trimestre pode ajudar a amenizar algumas preocupações de curto prazo quanto à sustentabilidade dos níveis de dividendos a serem distribuídos no ano”, explicou a XP.

José Eduardo Daronco, analista da Suno Research, que viu o resultado da Vivo como positivo, também vê uma contribuição para o programa de recompra de ações e para a deliberação da distribuição de R$ 300 milhões em JCP (Juros sobre Capital Próprio).

Além disso, os analistas da XP viram positivamente a receita e Ebitda da empresa:

  • A receita operacional líquida da Vivo totalizou R$ 12,1 bilhões, crescimento de 10,6% em comparação com o mesmo período do ano passado.
  • O Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente da Vivo aumentou 12,3%, para R$ 4,957 bilhões, no terceiro trimestre de 2022, com margem de 40,6%.

Segundo a XP, a margem Ebitda da Vivo foi impactada por:

  • alavancagem operacional;
  • maior participação das receitas core (92,3%) e
  • receita pré-paga impactada positivamente pela redução da alíquota de ICMS.

Assim, a XP manteve a recomendação para as ações da Vivo como “neutra”, com o preço-alvo de R$ 58 por ação para o fim de 2022, o que representa um potencial de valorização de 46% sobre o fechamento da terça-feira (25) em R$ 39,60.

Resultado da Vivo

A base de clientes da empresa alcançou 112 milhões de acessos no 3T22, quando foram desconectados 3 milhões de acessos considerados inativos nos critérios da Vivo, provenientes da aquisição da Oi Móvel.

Assim, a base foi menor em 2 milhões de acessos totais em comparação ao 2T22.

A receita líquida móvel da Vivo somou R$ 8,480 bilhões, 14,7% maior em comparação com o 3T21. Por outro lado, a receita líquida fixa totalizou R$ 3,719 bilhões no trimestre, aumento de 2,1% na mesma comparação.

Além disso, os Custos Totais Recorrentes da Vivo, excluindo gastos com Depreciação e Amortização, foram de R$ 7,2 bilhões no trimestre, alta de 9,4% no ano.

No 3T22, o resultado financeiro da Vivo ficou negativo em R$ 37 milhões contra R$ 254 milhões no 3T21. Um grande efeito positivo para o lucro veio justamente da linha de resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras). Isso representa um enxugamento de 85,3% na comparação anual.

A companhia informou que esta linha contou com a atualização monetária de créditos fiscais, que gerou um impacto positivo a despeito do aumento da dívida e da taxa de juros no período.

A Depreciação e Amortização da Vivo aumentou 5,6% em comparação ao 3T21, que segundo a Vivo se deveu a amortização das licenças de espectro adquiridas no 4T21 e dos ativos adquiridos da Oi Móvel.

Fluxo de Caixa Livre após pagamento de Leasing somou R$ 1,839 bilhão no 3T22, caindo 30,2% anualmente, devido ao maior nível de investimentos e alta de pagamentos de impostos. além da menor variação do capital circulante, disse a empresa.

Os investimentos feitos no 3T22 foram de R$ 2,5 bilhões, aumento de 20,2% contra o 3T21, representando 21,2% da Receita Operacional Líquida do trimestre.

Cotação

As ações da Vivo fecharam em alta de 0,78% nesta quarta-feira (26), cotadas a R$ 39,91.

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Ana Clara Macedo

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