Vivo (VIVT3) e TIM (TIMS3) terão “resultados sólidos” no 3T22, diz XP

A XP Investimentos divulgou no início desta semana as suas previsões para o terceiro trimestre de 2022 (3T22) para as duas principais empresas de telecomunicação listadas em bolsa: a Telefônica (VIVT3), dona da Vivo, e a TIM (TIMS3).

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“Temos uma visão positiva para as grandes empresas de telecomunicações, TIM e Vivo devem apresentar mais um trimestre de resultados sólidos refletindo um cenário competitivo mais racional em meio à consolidação do mercado com a aquisição da Oi Móvel”, inicia o texto.

De acordo com os analistas, ambas as companhias foram capazes de manter o churn sob controle, mesmo com aumento dos preços. Além disso, outro destaque vai para a diminuição, em média, de 10 pontos percentuais do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), iniciado em agosto.

Vivo e TIM estão migrando sistemas para aplicar descontos aos consumidores nos planos pós-pagos e não terão impacto nos resultados. Entretanto, no pré-pago as companhias mantiveram o preço mínimo de recarga e deram mais gigas de dados aos clientes.

“Portanto, o saldo líquido no pré-pago é positivo e o impacto da menor alíquota de ICMS mais do que compensa o menor nível de recarga devido à maior franquia de dados”, afirmam.

Previsão de crescimento na receita total da TIM

Na perspectiva da XP, a dinâmica do 3T22 da TIM deve ser similar ao do trimestre imediatamente anterior, com manutenção do crescimento de receita de serviços móveis standalone no patamar de dois dígitos (11% orgânico).

Outro ponto é que a TIM fez alguns aumentos de preço em maio, e agora deve sentir a contribuição completa deste ajuste no terceiro trimestre, a despeito do churn ligeiramente maior e de maiores descontos para retenção, segundo a XP.

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Os analistas destacam o impacto positivo da redução da alíquota de ICMS no pré-pago: “Estimamos que contribua em 1,1 ponto percentual no crescimento da receita total da TIM e 50 bps na expansão da margem Ebitda.”

Com a margem Ebitda, isso deve contribuir para a trajetória de recuperação da mesma, “que deverá expandir 120bps no trimestre atingindo 47,5%. No comparativo anual, a queda esperada de 50bps ainda reflete o impacto da I-System (rede de infraestrutura neutra)”, afirmam.

A XP mantém recomendação de compra para as ações da TIM, no preço-alvo de R$ 22 para o final de 2022.

Vivo: resultados sólidos, com estratégias em funcionamento

Segundo o relatório da XP, a Vivo deverá reportar financeiros sólidos no 3T22, “refletindo a continuidade de bons resultados operacionais.”

A companhia mantém entrega de um saldo positivo nas adições líquidas no segmento pós pago, que reflete a estratégia assertiva de migração de pré-controle, assim como no saldo positivo da portabilidade.

Os analistas destacam que o reajuste de preço realizado para sua base de clientes controle também deverá contribuir para o crescimento da receita da Vivo no 3T22. A queda da alíquota do ICMS também deverá trazer um impacto positivo no segmento pré-pago.

O segmento de telefonia fixa continua com uma dinâmica positiva alavancada pela reaceleração das adições líquidas na Fibra, compensando o declínio da receita non-core de acessos legados.

“Esperamos um crescimento de 11,7% na receita líquida consolidada (15,2% Receita Líquida de Serviço Móvel e 2% na Receita Líquida Fixa). A margem deverá ter uma contração de 40bps ano contra ano refletindo a inflação no período e maior relevância de serviços B2B”, pontuam.

A recomendação para as ações da Vivo é neutra, no preço-alvo de R$ 58 para o final de 2022.

Cotações da Vivo e da TIM

A ação da TIM encerrou o pregão desta quinta-feira (13) em queda de 0,65%, a R$ 12,14. Já a Vivo fechou em -0,32%, a R$ 39,88.

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Victória Anhesini

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