Via (VVAR3) mostra que mercado de e-commerce é 10% maior do que se pensava

A Via (VVAR3), antiga Via Varejo, passou a enviar seus dados para o Ebit/Nielsen, e alterou a visão que se tinha sobre o tamanho do mercado de e-commerce brasileiro. Segundo comunicado da Ebit, a entrada dos dados reais da Via elevou a estimativa do tamanho do mercado em cerca de 10%.

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Segundo documento divulgado pela Via, a empresa voltou a integrar painel de e-commerce do Ebit, informando seus dados de transação à plataforma, controlada pelo Instituto Nielsen. Isso não ocorria desde janeiro de 2019, o que impactou as estimativas.

“A entrada de dados da Via permitiu aferir que houve uma mudança na estimativa de tamanho do mercado com um incremento de aproximadamente 10% ao anteriormente divulgados pelo Ebit”, declarou a companhia.

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Até então, a Nielsen fazia uso de dados estimados de transações de e-commerce da Via. A partir de julho, os dados diários de vendas das marcas da Via serão incluídos nos relatórios regulares do Ebit, que também recebeu os dados transacionais da companhia nos últimos dois anos.

Magalu e Via disputam e-commerce com novos favoritos

Os resultados do primeiro trimestre do Magazine Luiza (MGLU3) e da Via surpreenderam positivamente o mercado. Ambas as varejistas apresentaram crescimento expressivo no online. No entanto, as empresas estão diante de uma situação delicada: embora a pandemia tenha ensinado o brasileiro a comprar online em 2020, existem novos competidores sedentos para ganhar esta corrida.

Apesar de os balanços dos primeiros três meses do ano animarem o mercado, a recomendação dos especialistas é que o investidor adote cautela ao avaliar o investimento no Magazine Luiza e na Via. Isso porque os players internacionais, como Mercado Livre (MELI34) e Amazon (AMZO34), estão dando sinais de um maior interesse em atuar no Brasil.

Para a analista de varejo da XP, Danniela Eiger, a presença da Amazon e Mercado Livre não necessariamente fará os papéis das varejistas despencarem. A visão da corretora é que irá trazer uma certa volatilidade no curto prazo, mas ela ainda acredita numa perspectiva bastante construtiva no médio prazo em razão do online.

“Talvez elas [Magalu e Via] consigam entregar um resultado melhor do que esses grandes players, mas temos que esperar para ver e isso depende de como os consumidores irão aceitar e quais serviços eles irão oferecer. Até por isso temos uma visão mais cautelosa com o setor.”

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Poliana Santos

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