Veja quais são as ações queridinhas dos analistas para julho

Com o primeiro semestre encerrado, analistas de grandes instituições financeiras reforçaram em julho suas apostas em ações de empresas consolidadas, com bons fundamentos e resiliência operacional. Em um cenário ainda marcado por juros elevados no Brasil e fluxo estrangeiro crescente para a Bolsa, Itaú Unibanco, Cyrela e Rede D’Or figuram entre os nomes mais indicados nas carteiras recomendadas de julho.

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Segundo dados compilados das carteiras da XP, BTG Pactual, Santander e BB Investimentos, os três papéis foram os mais recorrentes entre os analistas. O Itaú (ITUB4) apareceu em todas as seleções, mesmo após uma valorização expressiva no ano. Cyrela (CYRE3), por sua vez, foi mantida por BB e Santander, enquanto Rede D’Or (RDOR3) segue como aposta de BTG e Santander, esta última tendo substituído o Mercado Livre na 10SIM.

As ações mais indicadas por cada casa

XP Investimentos
A carteira Top Ações XP trouxe ajustes relevantes para julho, com redução de peso em ações como Itaú, Vale e Petrobras, e aumento da exposição a nomes do varejo, como Lojas Renner (LREN3) e Grupo Mateus (GMAT3). A corretora também incluiu Smart Fit (SMFT3) e Santander (SANB11), destacando papéis mais ligados à economia doméstica. A recomendação para Itaú foi mantida, com foco em sua qualidade, crescimento da carteira e alta rentabilidade.

BTG Pactual
Na carteira 10SIM, o BTG substituiu Mercado Livre por Rede D’Or, apostando na retomada de margens e perspectiva de crescimento sustentado. Itaú, Vale, Petrobras e Copel continuam entre os nomes preferidos. A estratégia do BTG dá peso relevante à geração de caixa e defensividade setorial, com ações de energia, bancos e petróleo.

Santander
A carteira Ibovespa+ do Santander manteve a maioria dos papéis e realizou apenas uma troca: saiu Motiva (MOTV3), entrou Lojas Renner (LREN3). O time de análise destacou o bom momento da Renner e o início de um ciclo de recuperação operacional. A manutenção de Rede D’Or e Cyrela reflete a visão positiva para setores de saúde e construção civil, enquanto o Itaú segue como aposta principal no setor bancário.

BB Investimentos
O BB optou por manter sua carteira fundamentalista inalterada. A estratégia continua priorizando ações com margens elevadas, geração de caixa consistente e retorno ao acionista. Cyrela e Itaú permanecem na carteira, com destaque para o desempenho operacional da incorporadora e a resiliência do banco mesmo em ambiente desafiador. A presença de Caixa Seguridade (CXSE3), Direcional (DIRR3) e Vale completa a composição focada em qualidade e estabilidade.

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As carteiras recomendadas de julho mostram a preferência dos analistas por nomes com histórico de entrega de resultados e capacidade de atravessar ciclos adversos. Em paralelo, a rotação parcial para setores mais cíclicos e domésticos reflete um olhar atento para oportunidades de médio prazo em empresas que vêm surpreendendo positivamente, seja em lucro, margem ou posicionamento estratégico.

Ao mesmo tempo, o fluxo estrangeiro segue positivo: até o dia 26 de junho, a B3 registrava R$ 4,2 bilhões em entradas líquidas, elevando o saldo acumulado no ano para mais de R$ 25 bilhões.

“O saldo de 2025 chega a R$ 6,4 bilhões e reforça a presença consistente do investidor doméstico na bolsa”, avalia Filipe Villegas, estrategista da Genial Investimentos.

Com esse pano de fundo, as recomendações das ações mês reforçam o papel da seletividade e da disciplina na composição de portfólios, combinando resistência operacional com espaço de valorização de longo prazo.

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Maíra Telles

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