Vale (VALE3): retorno aos acionistas é o foco e diretor destaca dividendos bilionários

O foco da mineradora vai continuar sendo sua política de retorno aos acionistas, enquanto aumentar sua capacidade de produção, segundo o novo diretor executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale (VALE3), Gustavo Pimenta. A declaração foi feita durante evento do “Vale Day“, o dia de investidores da companhia, que ocorre nesta segunda (29).

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O executivo destacou, em sua apresentação, que a companhia retornou aos investidores US$ 20,1 bilhões neste ano até o terceiro trimestre, cálculo que considera os dividendos ordinários e extraordinários pagos, além dos programas de recompra de ações. Isso representou 90% do fluxo de caixa livre no período.

Pimenta disse também que a empresa terá nos próximos 12 a 18 meses eventos importantes para “desbloquear valor” da companhia para os acionistas, como o progresso na reparação de Brumadinho, a descaracterização de barragens, o aumento da capacidade de produção de minério de ferro em 30 milhões de toneladas e do cobre, em até 40 mil toneladas.

“Se a gente conseguir entregar de forma eficiente, podemos aumentar o valor do acionista de forma muito significativa”, disse Pimenta, durante sua apresentação no Vale Day.

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O executivo citou ainda um programa de redução de custos da Vale com potencial para economizar US$ 500 milhões com prevenção de custos de inflação nos primeiros 12 meses e economia de US$ 1 bilhão, no período de 12 a 24 meses, por meio de economia de custos fixos e investimentos em eficiência.

Além disso, Pimenta mostrou que a simplificação do portfólio da mineradora vai reduzir o consumo de caixa da companhia a partir de 2022. Ele menciona, por exemplo, a conclusão da venda da unidade de metais básicos Vale Nova Caledônia (VNC), situada em ilha do Pacífico Sul, para Trafigura. Outro exemplo é a volta da operação da Samarco em dezembro do ano passado.

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Vale desembolsa US$ 300 milhões por ano para  descaracterização das barragens

Pimenta disse que o desembolso para a descaracterização das barragens chega a US$ 300 milhões ou US$ 350 milhões por ano. Durante o Vale Day, em Nova York, ele disse que esse valor é o que se pode esperar inclusive para a próxima década.

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A Vale informou hoje que concluiu as obras de descaracterização do dique 5 da barragem Pontal, em Itabira, em Minas Gerais. Segundo a empresa, a barragem a montante não exerce mais a função de armazenar rejeitos.

Em julho, a Vale havia descaracterizado a barragem Fernandinho, em Nova Lima, em Belo Horizonte. Segundo a companhia, 4 estruturas em Minas Gerais e 3 no Pará foram descaracterizadas e reintegradas ao ambiente. A Vale possui outras 23 estruturas a montante para serem eliminadas, todas em Minas Gerais.

(Com informações da Agência Estado)

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Bruno Galvão

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